A Vela e a Flor

Quando incorporada à rotina, a meditação traz uma porção de
benefícios à criança, auxiliando no combate ao estresse, aliviando a
ansiedade, melhorando o sono, reduzindo a agressividade, além de
relaxar física e mentalmente. Também melhora a concentração,
minimiza os sintomas de TDAH e ajuda a lidar com sentimentos como
frustração, medo e raiva.

Você já ouviu falar sobre o recurso de apoio ao exercício de respiração A Vela e a Flor? Trata-se de uma técnica que auxilia a criança a respirar mais calma e profundamente e traz muitos benefícios, principalmente nos momentos de birra e agitação. Na escola, ajuda a melhorar a capacidade de concentração e foco nos estudos, reduz o estresse e diminui a incidência do comportamento agressivo.
Seu uso é simples. A criança deve ser orientada a segurar em uma das mãos a vela e na outra a flor. Primeiro ela deverá cheirar lentamente a florzinha e depois assoprar lentamente a velinha como se não pudesse apagar.
A respiração atua de duas maneiras para aliviar momentos tensos: a primeira é fisiológica, pois a ansiedade faz com que a respiração fique acelerada e controlá-la ajuda o corpo a voltar ao equilíbrio. A segunda é emocional, pois quando a pessoa presta atenção na respiração, foca no momento presente e a ansiedade é minimizada.

Conheça este recurso em http://www.bbdu.com.br

Como organizar a rotina com as crianças em casa em tempos de COVID-19?

Com o cancelamento das aulas, as crianças estão em casa. Muitas famílias contavam com o apoio dos avós em períodos sem aulas, mas essa convivência deve ser evitada. Muitas pessoas que contavam com o apoio de domésticas e babás, também precisaram liberá-las.
Mistura isso tudo e soma-se o fato de que muitos pais e mães precisam trabalhar em Home Office. O que fazer? Como gerenciar todos estes aspectos e ainda administrar a ansiedade que está nas alturas?
Não temos todas as respostas, mas acreditamos que estabelecer uma rotina pode ajudar muito nesta hora, por isso criamos um Planner em PDF para você se organizar melhor nestes dias e preparamos algumas dicas de atividades e sugestões de como organizar os dias.
Antes de tudo, saiba que você não é responsável por entreter a criança 100% do tempo, se até hoje seu filho sempre demandou muito de você para tudo, aproveite o momento para ensiná-lo a brincar um pouco sozinho e estimular a autonomia. Se seu filho sempre brincava sozinho porque você nunca tinha tempo, aproveite este tempo para criarem momentos para vocês.


O que é importante estar presente na rotina da criança:

  • Tempo para a criança gastar energia (exercícios físicos, circuitos em casa, esteira ou subir e descer escada (para quem tem).
  • Tempo de estudo, intercalado com outras atividades
  • Tempo para a criança falar com outras crianças e com a família – para isso use e abuse da tecnologia
  • Tempo para criança ajudar nas tarefas domésticas conforme sua idade.
  • Tempo para criança brincar sozinha
  • Tempo para família brincar junta, aqui uma boa ideia pode ser ter um tempo com o pai, um tempo com a mãe e tempo para todos.
Solicite no Whatsapp da BBDU (51 99143-3568) o modelo do planner para você preencher com sua rotina.

Algumas sugestões de materiais que as empresas estão disponibilizando para este momento:
Faber Castel: Acesso gratuito a todos os cursos de sua plataforma online, clique aqui.


Romero Brito: Livro para colorir – é só fazer download ou solicitar o PDF no nosso whats e sair colorindo. Depois é só compartilhar sua arte com as marcações @RomeroBritto e usar #HappyArtBritto!


Opções de Contação de Histórias:
Algumas contadoras as de histórias estão fazendo lives no Instagram, aqui vão algumas que encontramos:

  • @Fafaconta
  • @carollevy
  • @marinabastoshistorias
  • @camila.genaro

BBDU: A BBDU disponibilizou diversos pdf’s gratuitos para te auxiliar e ajudar no desenvolvimento dos pequenos, clique aqui e faça download .

Outras dicas:
Não fique vendo os canais de notícias na frente das crianças, isso não vai ajudar ninguém, separe 1 hora para se informar e depois veja outras coisas, outros assuntos.
Que tal aproveitar o momento para aprender técnicas de meditação e Ioga? Em tempos como estes podem fazer bem para toda família, existem diversos professores disponibilizando cursos online.
Mantenha a casa sempre bem arejada e deixe o sol entrar! O sol é uma grande fonte de energia e motivação para todos nós.
E fique conectado com a BBDU, vamos postar conteúdo em nossas redes e disponibilizar materiais gratuitos para fazer que estes dias em casa sejam vividos de forma mais leve, divertida e feliz.

Conte conosco!

Conheça os produtos da BBDU para brincar dentro de casa clicando aqui.

SAINDO DE CASA

20 PASSOS PARA O BOM DIVÓRCIO – PASSO 8: Saindo de Casa

By Manual da Separação

Até aqui já exercitamos uma parte considerável do desapego e já contamos aos filhos sobre a decisão tomada assim, de um jeito ou outro, as vezes sem muita saída, vamos ficando mais fortes. A saída possibilita um recomeço em um novo lugar, o início de um novo capítulo. E, para aquele que fica, uma chance de recriar o espaço, ocupar armários e preservar a rotina dos filhos.
O ideal é que a saída seja de forma gradual, sempre situando os filhos do que está acontecendo e de como será feito. Se a saída tiver que ser para algo provisório pois, algo definitivo depende de definições patrimoniais, partilha de bens e condições econômicas para tanto, está tudo certo. É comum que num momento de indefinições e mudanças, as questões patrimoniais sejam deixadas para um momento posterior. Portanto, casa de avós, de amigos, aluguel provisório, faz parte de um caminho.
A ideia da saída gradual é para evitar cenas fortes de despedida, com doses altas de dor, absolutamente dispensáveis neste momento. É o nosso filtro adulto que pode aliviar momentos difíceis deixando claro que, de um jeito ou outro, estaremos todos ali, presentes para tudo o que vier.
Aquele que permanece no lar, encontra uma vantagem de ficar no conhecido dos filhos, nos seus quartos e no esquema diário de rotina. Porém, é neste espaço que ocorrem as primeiras vezes da sensação de ausência física (hora do jantar, convívio dos finais de semana). Uma dica interessante é o uso do afeto criativo: criar rituais de recomeço como uma noite de jantar diferente, noite de visitas de avós, amigos ou dia de brincadeiras coletivas. Temos relatos do uso desta dica que faz com eles sintam o novo como uma possibilidade de reinicio positivo.
Para o que sai, uma chance de recomeçar sem lembranças compartilhadas com o outro, ou seja, momento de começar do zero e criar algo somente nosso com os nossos filhos, proporcionando novas experiências e releituras de momentos. Também aqui a ideia de instituir rituais de recomeços, de cozinhar conjuntamente, criar noites especiais onde o que é valorizado é a presença de todos.
Independente de quem deixa a casa, a rotina deles deve ser preservada o máximo possível para trazer uma dose maior de segurança. No meio de muitas mudanças inevitáveis, aquilo que puder, nem que de forma provisória, deve ser mantido. Quem buscava na escola, deve continuar buscando e as atividades rotineiras devem ser preservadas. E para aquele que sai, que tinha um contato diário mais efetivo, deve se manter presente para ajudar a contemporizar os medos que surgem de ausência, abandono e perda. Uma passada para um beijo, para um realizar de temas, faz parte.

Núcleo da Separação com filhos (saiba mais).

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ENFRENTANDO A CULPA

20 PASSOS PARA O BOM DIVÓRCIO – PASSO 7: ENFRENTANDO A CULPA

By Manual da Separação

A culpa é algo tão rotineiro que nos persegue a cada decisão que tomamos. Toda vez que decidimos por algo, abrimos mão de alguma coisa.
Mesmo que em um divórcio a decisão não tenha partido da gente, sempre vem um pensamento da seguinte linha: “o que eu fiz de errado? O que eu poderia ter feito de forma diferente?” Assim como: “E se eu não tivesse me separado, como estaria minha vida agora?”.
É muito comum que nestes primeiros momentos a gente enfrente doses altas de culpa e um auto boicote: será que era tão ruim assim, mesmo? Como se as nossas memórias nos levassem, com alguma frequência, apenas para os momentos de pré-crise, para lembranças boas que nos fazem sentir mais culpa, dor ou arrependimento. Como antídoto, sugerimos ancorar, próximos a nós, amigos que nos acompanharam no antes, no durante e no depois. E que com frequência (e isenção) nos dirão: “Lembra que tu dizia…? Lembra que tu não era feliz? Não é bem assim como estas contando”.
Importante ressaltar que vivemos uma consciência do HOJE. Detemos um conhecimento no PRESENTE, fruto de toda uma caminhada do passado. Percepção que só temos porque já passamos por aquilo. Portanto, a ideia concreta do “se eu tivesse feito assim” é inócua, não nos serve para uso em algo que já passou. Consola muito pensar assim: Eu fiz o meu melhor para aquele momento; Na época, aquilo foi o meu melhor. Sempre nos aceitando e validando o melhor possível para cada momento e situação. É libertador! Nos acolhemos, nos aceitamos e nos culpamos menos.
Este exercício também nos possibilita uma melhor projeção do futuro: faremos uso desta experiência para melhor seguirmos nas nossas decisões.
A busca por memórias passadas deve sim, ser remetida a momentos de afeto para garantir que, a partir dele, possamos encaminhar melhor o nosso divórcio. Com um Direito mais humano e acolhedor, que não trabalha com a consideração da culpa, podemos pensar que este afeto, hoje tão enaltecido pelo próprio judiciário, pode ser um norte para o fim dele também. É possível nos separarmos de alguém com carinho (mesmo que no momento não exista a percepção de nenhum). O amor pode ter terminado, se transformado, mas um dia este ali. Com ele/ela, tivemos promessas e planos. Fizemos filhos que perpetuam um momento de amor. Portanto, está dentro de nós a escolha deste caminho: separar com afeto também é uma forma de amor (pelos filhos, pelo outro e por nós mesmas).

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Seja Presente

Olá, Papai e Mamãe! Tudo bem?
Este é o último mês do ano, época em que geralmente nosso “tempo fica mais corrido”, época em que nos preocupamos com os presentes, de amigo oculto… de natal…

Então, resolvi falar sobre algo que é mais importante do que dar presentes, que é ser presente.

As últimas décadas trouxeram uma mudança na vida da mulher. As mulheres começaram a trabalhar (também) fora de casa. Porém, essa mudança trouxe um acréscimo de funções, e não uma troca, então, além do trabalho fora de casa a mulher ainda cuida da casa, dos filhos, do marido… Muitos jovens e adultos de hoje são as crianças dessa primeira geração, que cresceram sem o convívio em tempo integral com as mães e agora repetem esse modelo com relação aos próprios filhos.

E com isso, eu não estou dizendo que essa mudança foi algo ruim, muito pelo contrário, essa mudança foi necessária, inclusive para os modelos de educação que vemos hoje, como uma participação mais ativa dos pais, por exemplo.

Porém, a lacuna criada nessa geração passou a ser preenchida, de certa forma, pelo marketing, e o consumismo. Para reduzir a culpa gerada pelo pouco tempo presente com os filhos, os pais começaram a comprar cada vez mais presentes, e também lotar as crianças com atividades. (lembra do que conversamos no mês passado? Sobre as multitarefas? Elas também entram aqui)

Lembre-se, a falta da presença de vocês não podem ser supridas por presentes ou bens materiais. Esses artifícios funcionam por um tempo, mas não têm permanência, e perdem logo o seu efeito. Um outro problema que o excesso de presentes pode trazer é a criança começar a usar disso como “chantagem”, para ganhar tudo o que quiser. Crianças são extremamente observadoras, e entendem logo o que funciona para “dobrar os pais”.

Ser presente para o seu filho pode ser mais simples do que você imagina, mesmo com uma rotina de trabalho extensa. Ser presente não significa abdicar de tudo o que é importante para você e ficar 24h por dia com o seu filho, (inclusive, isso pode ter um efeito reverso, a criança pode ficar extremamente mimada, e isso também pode atrapalhar o seu desenvolvimento) mas sim ter tempo de qualidade com ele, mesmo que seja algumas horas por dia.

De nada adianta você ficar o dia inteiro com seu filho, mas conversar com ele enquanto a televisão está ligada, ou enquanto você responde alguma mensagem no celular. Você está ali apenas de corpo, mas não está prestando atenção no que ele está falando ou no que está acontecendo ali.

O que eu sugiro é que você tire alguns minutos quando chegar do trabalho para se dedicar ao seu pequeno. Seja para assistirem a um filme juntos, ou brincar com algum jogo, contar uma historinha antes de dormir, fazer alguma atividade juntos. E não precisa ser nada muito programado ou elaborado, aproveite os momentos juntos, como a ida ou a volta do colégio para conversarem ou inventarem alguma brincadeira (é uma ótima idéia para deixar de lado um pouco o celular também).

Neste final de ano (e em todas as outras épocas), o melhor presente que você pode dar ao seu pequeno é o seu tempo e sua atenção. O tempo é o recurso mais escasso que nós temos, ele não volta, é algo que não se pode comprar. Muitos pais me falam que desejam dar o melhor para seus filhos, então dê o seu tempo, dedique-se a ele, isso fará uma diferença no desenvolvimento dele e na relação de vocês.

Espero que tenham gostado do tema de hoje!

Quero agradecer por todo esse ano juntos, aqui, no blog da BBDU ou nas lives do Instagram (se você ainda não sabe, todo mês, eu e a Ju, fazemos uma live no Instagram para comentar o tema do texto aqui do blog), e quero lhe desejar também um excelente final de ano e ótimas festas, com muito amor e tempo de qualidade!!

Um beijo e até a próxima!

Amanda Ferraz – Psicóloga parceira BBDU
amandafoliveira1@gmail.com

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O MELHOR MOMENTO NÃO EXISTE

By Manual da Separação

20 Passos para o Bom Divórcio – Passo 5: O MELHOR MOMENTO NÃO EXISTE

Viemos, nos passos anteriores, amadurecendo uma decisão que está por acontecer a qualquer momento. Um experimento que funciona é contar para alguém próximo, tornar relativamente pública para que possamos nos ouvir falando sobre este decidir ( tornar real o que até então, era abstrato). Bom que seja com alguém que nos acolha. E com sorte, ouviremos: estarei contigo para o que der e vier

É muito comum direcionar um decisão destas a algum evento futuro, a alguma data. Por exemplo: “Vamos deixar para março: março não dá porque as aulas recém vão ter recém iniciado… Abril! Abril não dá porque tem Páscoa e Páscoa tem ninho no domingo, muito traumático. Maio? Só se for depois do dia das mães. Julho tem férias, já estão organizadas, Agosto cruel demais, tem dia dos pais. Outubro dia das crianças, presentes. Tem os aniversários de todos e chegamos assim, novamente no Natal. Natal, nem pensar: é data familiar, fim de ano e logo teremos o Ano Novo E assim, um ano passou e não saímos do lugar. Sempre vai ter algo, alguém ou algum fato que nos impedirá de verbalizar esta decisão e desta forma, vamos empurrando coma barriga.

Existem casais que, nesta busca pelo melhor momento, quando viram, esperaram 8 anos. Primeiros os filhos eram pequenos demais. Depois, adolescentes demais. Ai já tinham os 15 anos da filha, a formatura do filho. E num piscar de olhos, perdemos os passos. E acabamos deixando tudo como está.

Na busca pelo momento certo, é comum os casais marcarem de sair para jantar, longe dos filhos, para tratar da separação. E, no dia, tudo dá errado. Estamos cansados, nosso interior fazendo boicotes, e nada sai direito. Mas, às vezes, num cruzar de corredor, num café da manhã, na espera da escola…sai.

Quando falamos com o coração, conectados com a nossa dor, as nossas tristezas, de forma humilde, as palavras saem fortes. Não estamos ameaçando, não estamos melhores do que o outro. Apenas estamos dividindo com alguém que fez uma caminhada longa ao nosso lado. Estamos simplesmente dando nome àquilo que existe, machuca, que também é do outro e que na hora não sabemos como se resolverá.

Portanto, não tem um melhor momento. O que temos é o nosso melhor, o possível para àquela situação. Às vezes, é aquele momento em que o coração está cansado, a mente exaustivamente trabalhada aciona a dose de coragem necessária, vem e diz: deu! Eu preciso voltar a respirar e tentar ser mais feliz.

Núcleo da Separação com filhos (saiba mais).

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Primeira Infância: a fase mais importante da vida

“Educa as crianças, e não precisarás castigar os homens.”

Essa frase é do filósofo grego Pitágoras, e eu a escolhi para começar esse texto porque educar as crianças e investir na Primeira Infância têm efeitos sobre a capacidade intelectual, a personalidade e o comportamento social futuros.

A primeira infância é a fase da vida entre zero e seis anos de idade. O papel dessa época da vida no desenvolvimento mental, emocional, de aprendizagem e de socialização da criança talvez seja tão ou mais importante que a evolução física e neurológica.

No primeiro ano de vida, o bebê é quase totalmente dependente dos adultos que o cercam, começando pela alimentação apropriada, proteção, cuidados com sua saúde e afeto. Os primeiros anos são fundamentais para o desenvolvimento da criança. Inclusive, cientistas já comprovaram que oferecer condições favoráveis ao desenvolvimento infantil nos primeiros anos de vida é mais eficaz e gera menos custos do que tentar reverter ou minimizar os efeitos ou problemas futuros. Dentre os benefícios, há ganhos no desenvolvimento cognitivo a curto prazo, melhora nos níveis de aprendizado a médio prazo e na escolaridade, empregabilidade, qualidade de vida e renda, a longo prazo.

O cérebro e todo o sistema nervoso central se formam nesse início da vida, ou, melhor dizendo, desde a gestação. A neurociência, ciência que estuda o desenvolvimento e o funcionamento desse sistema, afirma que existe uma relação direta entre as primeiras experiências e o desenvolvimento cerebral. O desenvolvimento do cérebro depende de uma complexa interação entre os genes com os quais se nasce e as primeiras experiências que se tem. As primeiras experiências têm um impacto decisivo na arquitetura do cérebro e na natureza e qualidade da capacidade do adulto.

Pode-se dizer que as relações iniciais com os primeiros cuidadores (mãe, pai ou outra pessoa que se ocupa integralmente do bebê) são determinantes nesse processo de formação da criança e, por isso, devem ser relações de qualidade, baseadas tanto em atenção às necessidades do corpo e do organismo quanto em vínculos afetivos consistentes, comunicação, segurança e ainda oferta de boas experiências para apresentar-lhe o mundo. Trata-se aqui de olho no olho, de voz que acalenta e conta uma história, de sustentação corporal, de acolhimento às sensações e sentimentos, de presença permanente e significativa que garante a continuidade dos cuidados, de emoções que moldam essa relação e ainda de brincadeiras compartilhadas.

Tem muita coisa em jogo nessa interação. É preciso que os papais e mamães estejam inteiros, que estejam disponíveis para acompanhar cada passo desse caminho inicial e que consigam tanto decifrar os sinais que chegam quanto os que são transmitidos pelos pequenos. Aprender a comunicar-se para além das palavras, mas pelos gestos, sons e balbucios, expressões, mudanças de comportamento. As crianças pequenas são conectadas e comunicativas.

Os bebês precisam se adaptar ao mundo em que chegaram, porém não fazem isso passivamente, mas de modo ativo e competente.Os bebês convocam os adultos a se ocuparem deles, a oferecerem novidades para suas descobertas e solução para suas necessidades. No processo de desenvolver-se integralmente, muitos encontros, de diferentes naturezas, serão estabelecidos, resultando em um sujeito único e singular.

Desta forma, é preciso retomar a ideia de que cada uma das experiências vividas terá sua parte na escrita dessa história, começando pelas experiências com você, papai e mamãe que cuida e se ocupa dessa criança. É preciso muitos cuidados nesse caminho que parte da extrema dependência para a independência e autonomia. Vocês oferecem a voz, o olhar, o corpo que segura e acolhe, oferecem as palavras que consolam, que explicam, que descortinam horizontes, inserindo a criança no mundo e suas infinitas possibilidades. À criança cabe viver intensamente todas essas experiências que lhe são oferecidas: ser curiosa, investigar, conhecer, vincular-se e, mais do que tudo, BRINCAR!

Amanda Ferraz – Psicóloga parceira BBDU

amandafoliveira1@gmail.com

Conheça os produtos BBDU por idade:

0 a 12 meses

1 a 2 anos

3 a 4 anos

Ser mãe

mãe

Primeiramente, Feliz dia das mães! (Um pouco atrasado, mas acredito que esse dia se realiza 365 dias por ano)
Em virtude da comemoração pelo dia das mães escrevi um texto para vocês, mães, pessoas tão importantes no desenvolvimento dos pequenos. A maternidade é um mundo único, onde não há receita de bolo, repleto de incertezas e dúvidas, mas que, para algumas mulheres é algo muito desejado, sonhado, esperado… Há mães que abrem mão de muitos outros sonhos em virtude dos filhos, há outras que conciliam vários papéis junto a maternidade…
Existem vários tipos de mães desde a mais permissiva até a mais autoritária. O mais importante é a mãe estar bem estruturada psicologicamente para poder contribuir ao saudável desenvolvimento psicológico de seus filhos.
A mãe desejável é a mãe cuidadora, atenta e presente às necessidades do filho, que protege e ajuda o filho no seu desenvolvimento.
A mãe ideal não existe, existe a “mãe possível”, cada uma na sua individualidade. A mãe não precisa ser perfeita, precisa ser equilibrada para cuidar, proteger, ajudar, educar, consolar, apoiar, dar amor e prover às necessidades e ao mesmo tempo dar espaço ao crescimento saudável e a independência do filho.
Ser uma mãe atenta e dedicada significa também poder conviver harmoniosamente com o fato de também ser mulher e cuidar de si, para que possa investir na felicidade de seu filho e na sua.
Ser mãe é uma experiência única, possibilita muito crescimento e aprendizado e, junto com os desafios que a maternidade traz, surgem novos caminhos, novas possibilidades, surge um novo olhar para o mundo.
Quando se corta o cordão umbilical e a mãe recebe o filho nos braços pela primeira vez, é o coração que acolhe e aconchega, ela se compromete a fazer o que for preciso para o faze-lo feliz e transformá-lo em uma pessoa realizada, promete amar, proteger, cuidar, em silêncio a mãe toca todas as partes do corpo do seu filho como se tivesse procurando o manual de instrução. Descobre, logo em seguida, que filho não vem com manual e que em nenhum livro ensina ser mãe, cada filho é único e traz consigo suas necessidades individualizadas, não existe uma receita para ser a melhor mãe, cada mulher constrói a sua maneira e essa descoberta se estende pela vida toda.
Contudo ser mãe também representa solidão, pois é um momento único, onde ela se sente totalmente perdida com o filho nos braços, aquele ser tão pequeno, tão dependente.
Com um turbilhão de emoções à flor da pele, tudo ao redor continua como antes e só a mulher que se transformou. Por vezes isso representa solidão. Diante do seu novo olhar para o mundo não são poucas as vezes em que ela é incompreendida. Para piorar, muitas vezes a mãe também não entende o que está acontecendo com ela, sente vontade de correr, de gritar, se sente insegura, sente medo de tudo, de fracassar, de não ser a melhor, medo do desconhecido. Uma mistura desses sentimentos e uma onda de energia que provoca em seu interior a necessidade de buscar se realizar como mãe.
Ser mãe é ter o coração batendo fora do peito, ser mãe é não ter tempo para tomar um banho demorado, para comer, para dormir, é chorar e sorrir, é se desconstruir, é descobrir felicidades nas pequenas coisas, é esquecer de si mesma por desejar e vibrar com cada conquista do filho e nessa busca, descobre que mãe perfeita não existe, nem o certo ou errado. O que existe é uma criança que carece de cuidado, amor e limite e que a própria criança dá pistas de como lidar com ela. Ser mãe é ensinar pelo saber, pelo exemplo e pelo amor incondicional, que nada espera em troca. Amor este que até descobrir a gravidez não fazia ideia que existisse.
E pra você, o que é ser mãe?

Amanda Ferraz – Psicóloga parceira BBDU

amandafoliveira1@gmail.com

Autoestima Infantil

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Olá, Papai e Mamãe! Tudo bem?
Hoje vamos conversar sobre um tema muito importante, que deve ser trabalhado com a criança desde muito pequena.
Muitas vezes recebo crianças no consultório com queixa de timidez e quando vou averiguar mais profundamente, com entrevistas com pais, observação da criança em sua forma de brincar e fazer atividades ludoterapêuticas, percebo que aquela timidez muitas vezes é insegurança e baixa autoestima.
Vocês, como pais, são a primeira referência dos pequenos e têm um papel fundamental no processo de construção e potencialização da autoconfiança e da autoestima dos seus filhos.
São esses primeiros vínculos que irão ser a base da formação da personalidade desse futuro adolescente e adulto. Através do modo de falar, dos gestos e das atitudes, vocês auxiliam de forma importante e essencial a construção da autoestima da criança.
Primeiramente, vale reforçar que confiança do pequeno, desde cedo, fortalece sua segurança, capacidade de realização e a efetiva habilidade de lidar, de maneira assertiva com os desafios da vida adulta.
A capacidade de valorizar a si mesmo é um processo que deve começar a ser construído desde muito cedo — e ao longo da vida.
A autoestima também pode ser definida como um sentimento de capacidade, combinado com sentimentos de sentir-se amado. Uma criança que fica feliz com uma conquista, mas não se sente amada pode, eventualmente, experimentar baixa autoestima. Da mesma forma, uma criança que se sente amada, mas está insegura sobre as suas próprias capacidades, pode também conduzi-la a uma baixa autoestima. A autoestima saudável de uma criança desenvolve-se quando o equilíbrio é atingido.
Aprender a caminhar depois de dezenas de tentativas frustradas ensina um bebê a ter uma atitude de “consigo fazer”. O conceito de persistência para alcançar o sucesso começa cedo. As crianças tentam, falham, tentam de novo, falham de novo, e então finalmente obtêm sucesso, desenvolvendo uma ideia segura acerca das suas próprias capacidades. Ao mesmo tempo, vão criando um autoconceito baseado em interações com as outras pessoas.
É por isso que o envolvimento de vocês, papai e mamãe, é fundamental para ajudar as crianças a construírem autopercepções saudáveis. Assim, deixarei aqui algumas formas de auxiliar o processo da autoestima com os pequenos:
• Cuidado com as críticas, elas podem reforçar sentimentos de incapacidade e inferioridade na criança;
• Estabeleça uma comunicação de forma mais positiva. Suas palavras são extremamente importantes, escolha as que estimulam e valorizam a segurança do seu filho. Um bom exemplo, é substituir expressões como “você nunca aprende”, por “sei o quanto você é capaz, acredito em você”;
• Evite os rótulos. Aquilo que você fala para o seu filho torna-se verdade para ele. Então, se você diz que ele é “bagunceiro”, “desobediente”, “terrível”, é assim que ele vai ser, agora, se você se refere a essas atitudes focando no seu comportamento a chance da criança mudar de atitude é maior;
• Enalteça as competências da criança e não suas dificuldades. Demonstre compreensão e apoio quando a criança estiver diante de algum desafio.
Por fim, demonstre sempre amor pelo seu pequeno. É dessa forma que ele sentirá segurança e confiança para enfrentar os desafios que virão.
Espero que tenha gostado do texto desse mês.
Deixe para mim nos comentários, dúvidas e sugestões de temas para os próximos textos.
Um abraço e até mês que vem!

Amanda Ferraz – Psicóloga parceira BBDU

amandafoliveira1@gmail.com