Confira 7 dicas para tirar a chupeta do bebê

A adoração da maioria dos bebês pelas chupetas vem do reflexo de sucção que, desde  a gestação, a partir da décima oitava semana da vida uterina, é desenvolvido. É um impulso de sobrevivência, para se alimentar. Apesar de instintiva, a chupeta gera muita polêmica entre os médicos pediatras, que discutem os malefícios do seu uso prolongado, que atrapalha o desenvolvimento da dentição e estimula vícios na fase adulta. 

Mas não se sinta culpado(a) se você ainda utiliza o acessório com seu(ua) filho(a): ainda há tempo de parar. Separamos as principais dicas de acordo com pais e pediatras para que esse processo seja o mais descomplicado possível:

1. Não tenha pressa

Nada de tirar a chupeta de um dia para o outro, sem nenhuma preparação. Apesar de parecer uma solução mais rápida e eficaz, na prática, normalmente, não é isso que ocorre. Uma retirada brusca do acessório pode causar danos a curto e longo prazo. A dica, portanto, é: vá reduzindo o tempo de uso, espace os intervalos. Desacostume a criança aos poucos, e aproveite os momentos de tranquilidade e distração – como em um dia em casa ou no meio de uma brincadeira –  para iniciar o processo.

2. Não culpe a criança

Se ela já tem capacidade de compreensão, explique por que você está fazendo isso. Mas atenção! Não diga a ela que usar chupeta é feio ou errado, mas sim que ela não precisa mais disso, pois já cresceu. A criança acaba vendo no acessório um mecanismo de segurança e confiança e, portanto, transformar isso em algo negativo pode ser muito prejudicial, podendo inclusive despertar sentimentos como ansiedade e insegurança. Mostre que o tempo passou e ela já está em outra fase, mais independente, e que não há necessidade de se sentir sozinha ou abandonada.

 3. Negocie uma troca

Apesar de parecer estranho, o verbo é, realmente, “negociar”, e não simplesmente trocar. Isso porque, se for de forma autoritária, você não verá efeitos positivos. Na hora de dormir, por exemplo, converse sobre trocar a chupeta por um brinquedo que a criança adora, e que a faça se sentir segura. Ou ainda é possível fazer isso através da construção de uma meta ou um objetivo – nesse caso, não usar a chupeta – que, se alcançado, tem a recompensa de um passeio no parque ou um presente especial. Para isso, é interessante utilizar um quadro de recompensas, valorizando as conquistas diárias.

 4. Incentive: boca livre pra falar!

Esse é um bom combinado para fazer: não se pode falar de boca cheia. Quando a criança está desenvolvendo a fala, é normal sentir a necessidade de ser atendida. Por isso, pode ser interessante explicar que os adultos só conseguem compreender as palavras que são emitidas de forma livre, sem a chupeta na boca. Para que isso funcione, não se esforce em tentar entender o que a criança está falando, diga a ela que é impossível e que ela precisa estar com a boca vazia.

5. Fique atento aos momentos

Acontece, muitas vezes, da criança rejeitar a chupeta de forma natural, por algum motivo como um resfriado, porque está velha ou qualquer outro fator: aproveite esse momento. Qualquer sinal de desinteresse pode ser a oportunidade perfeita para se livrar pra sempre do acessório. Portanto, esteja atento e observe as reações naturais do seu(ua) filho(a).

6. Prepare-se!

É visto que a chupeta auxilia muito os pais e mães para acalmar os bebês e crianças. No entanto, ao tomar a decisão de afastar o acessório da criança, você precisa ser firme. Portanto, prepare-se para noites mal dormidas. É normal, e deve acontecer, porque faz parte do processo de desapego e amadurecimento. Lembre, apenas, de não ceder de forma nenhuma: se você fizer isso, estará ensinando que basta uma birra para que você mude de ideia e faça o que o(a) pequeno(a) quer.

7. Dica extra: Almofada Dentinho Tchau Chupeta

Para auxiliar no processo de largar a chupeta, a BBDU lançou recentemente o produto Almofada Dentinho Tchau Chupeta. A ideia é explicar para a criança que o Dentinho (almofada) vai cuidar da chupeta, colocando ela no bolso. Além de incentivar o distanciamento do acessório, ele ainda lembra a Fada do Dente, que recompensa as crianças pelos dentes que caem.

Chegamos ao fim

20 PASSOS PARA O BOM DIVÓRCIO – PASSO 20: CHEGAMOS AO FIM

Chegamos no último passo do Manual da Separação. Na verdade, não é um passo que traz direcionamento. Ele vem para provar resultados através de relatos de mulheres que vivenciaram um divórcio e se reconstruíram, ou não.

Muitas, olhadas de fora, pareciam plenas delas mesmas, em novas composições familiares e novos rumos. Porem, quando as perguntas invadiam fatos passados, recuavam, desistiam, pediam para não falar. Foi aí que ficou claro a importância dos passos: àquelas que fizeram do divorcio uma oportunidade para crescer, que vivenciaram a dor como um caminho natural de cura, estavam realmente reconstruídas, em paz com elas mesmas e com a sua própria historia. Enquanto que outras, as vezes pela urgência da própria dor, criaram atalhos para uma nova vida, sem referendar o caminho. Elas simplesmente chegaram ali e não sabiam como. Acumulavam dores, raivas e aquele buraco que faz com que este assunto não seja bem-vindo. Tive que desistir de muitas entrevistas e mesmo assim, aprendi com todas elas. Mas, o mais importante: me mostraram que eu estava certa.

Para um bom divorcio é preciso ter paciência, comprometimento, estabelecer prioridades e fazer as pazes com a gente mesmo.

Convido vocês a observarem alguns relatos, aqui compartilhados para perceberem que é possível um melhor caminho. Separar bem é sim uma decisão da gente, independente do outro. O que não quer dizer que seja fácil, porquê não é.

“Nos últimos meses eu me auto abraçava na cama. Já tínhamos nos separado há muito tempo, e eu não queria ver.”

“Vivíamos de ilusão. Casamento morno e de fachada. Tinha espaço, sim, para ele buscar alguém. Acabou acontecendo. ”

“Numa noite, minha filha veio chorando e pedindo o papai de volta. Chorei com ela, querendo ele também. Mas no fundo eu sabia que, depois de quebrado, não tinha mais volta. ”

“Eu namorei, noivei, casei, tive filha. E nada me fazia feliz. Nada. Vivíamos o dia a dia. Um dia, falei que não era feliz e que não queria mais. Doeu muito. Mas foi o dia que mais gostei de mim. ”

“Quando ele saiu com o pai para um primeiro final de semana, bati a porta de casa e fui encostada nela, me abaixando lentamente, com uma dor absurda dentro de mim. Não me lembro quanto tempo fiquei ali. Só sei que chorei por horas até esvaziar tudo que tinha. Depois disso, a cada ida, doía menos. ”

“Ontem no almoço de domingo olhei para os meus meninos do primeiro casamento, dando pão para a minha bebê do segundo casamento. Meu marido contando piada, com as filhas dele me ajudando a servir e me senti a pessoa mais feliz do mundo. E olha que eu já estive no fundo do poço. ”

“Hoje, depois de tudo, toda a vez que encontro o pai dele, penso: porque eu não me separei antes? Estamos todos muito melhores e mais felizes. Gosto do pai dele, só não gosto para mim. ”

“Demorei anos para me recuperar de uma traição. Tive muita raiva e acabei dificultando. Tempos depois me dei conta que já tínhamos desistido de nós mesmos. Só que era cômodo manter. Foi sofrido. Mas, depois de alta na terapia, conheci o C. Entendi que o que tinha era nada. Casei cedo demais, tive filhos.

Fui cuidar de mim muito tempo depois. ”

“Hoje somos avós de quatro lindas meninas. Nos casamos de novo ao longo da vida. E quando dividimos momentos familiares, me sinto uma sábia e bem vivida senhora de 70 anos. Gosto de mim, sabe? ”

“Quando o avião pousou e vi que teríamos um final de semana só para nós, sem filhos, pensei: acho que deveria dar a mão para ele. Me dei conta que estava no automático. Transava só para não criar problema e ouvir reclamações. ”

“Foi um fim tão triste. Choramos quando contamos para eles. Crianças choravam também. Mas passa, viu? Nem lembrava mais disso. Tive apertos ao longo da separação e depois dela. Me senti sozinha e com medo. Mas a cada ganho pessoal, me sentia orgulhosa de mim mesma. Acho que é para isso que funciona. Para sabermos que podemos ir além. ”

“Sabe qual a melhor parte de mim? Meus filhos. Como poderia sustentar um ódio pelo pai deles? Impossível. Trouxe todos para perto de mim. As crianças vibram quando estamos todos harmonicamente juntos. Ah! Te contei que quando ele viaja com a atual esposa e meus filhos, sou eu que fico com o cachorrinho deles? E as crianças adoram contar isso. ”

“Sabe aquele medo de se decepcionar com a gente mesmo? Pois, então. Ou eu fazia alguma coisa naquele momento, ou eu envelheceria presa ali e infeliz. Foi a atitude mais certeira que tive. Não me arrependo. ”

“Até hoje, quando lembro de algo daquela época, me arrepio. Foi uma luta. Mas isso é vida, né? E ela pode ser bem menos complexa se for vivida de verdade. A minha é de verdade. Com altos e baixos. Deixa eu pensar um pouco…. Sim, eu sou mais feliz depois de tudo. ”

By: Núcleo da Separação

Novas famílias

20 PASSOS PARA O BOM DIVÓRCIO – PASSO 19: NOVAS FAMÍLIAS

Hoje (depois de todos os passos) vivemos de forma mais autêntica. Em sintonia com a verdade de cada um. Crescemos neste processo todo e acabamos por nos conhecer mais. Nos reconstruímos de um jeito ou outro. Descobrimos que família se estabelece onde tem afeto e pode se dar nas suas mais variadas composições. Mãe e filhos. Pai e filhos. Mãe e mais alguém, com filhos dos dois. Duas mães, dois pais, pais sócio afetivos. E o que passa a ser mais valorizado: o amor de forma mais ampla.

Tudo, no fim das contas, é muito mais simples do que fantasiamos. E o elemento que faz a diferença é, novamente, a nossa Verdade. Não deu certo e separamos. Não éramos felizes e queremos ser mais. Erramos, acertamos. Reencontraremos o amor e ele virá para perto de nós, de um jeito ou outro.

Um dia a proposta “vamos misturar?” pode vir a ser uma das frases mais lindas que ouviremos ao longo da vida. E se olharmos para trás, lá longe, lá onde nos demos conta que um casamento chegava ao fim, lá onde se viam dores gigantescas e caminhos tortuosos, e repassarmos toda a trajetória até aqui nem acreditaremos quanto caminhamos e quanto estamos mais. Mais tudo.

Com total sentido.

Viu como pode dar certo?

Respira longamente. Fecha os olhos. Agradece.

Conseguimos.

                                                                                               By, Manual da separação

                   

Distúrbios de Sono nas Crianças: o que fazer?

O sono é um dos fatores que garantem o bom funcionamento do corpo, seja dos adultos ou das crianças. Você já parou para pensar se o seu(sua) filho(a) dorme bem? Segundo um estudo realizado neste ano, em Shaanxi, na China, com 320 crianças e adolescentes, 21% estavam apresentando quadros de distúrbio de sono, e 14%, pesadelos. Embora comuns, esses distúrbios são dificilmente diagnosticados em consultas médicas pediátricas, muito pelo fato de que alguns pais não acreditam que isso seja uma questão da medicina, e acabam por omitir tais informações.

No entanto, cabe o alerta: quando a intervenção ocorre de forma tardia, esse problema pode persistir por anos. É fundamental acompanhar o comportamento da criança em relação aos momentos de descanso, que é quando se recupera as energias, otimiza o metabolismo e regulariza as funções hormonais essenciais para um bom desenvolvimento do corpo e mente.

Como funciona o sono

O sono é fisiológico, ou seja, é regulado pelo relógio biológico ou Ciclo Circadiano. Isso significa a ideia de que todo organismo vivo no planeta Terra responde ao Sol. Os seres, portanto, têm seu comportamento determinado pelo ciclo de rotação da Terra, feito em 24 horas. É ele que aciona e regula funções vitais de nosso comportamento, como o sono, o metabolismo, a temperatura corporal e os níveis hormonais. 

De acordo com a National Sleep Foundation, conforme a idade, recomenda-se um período específico de horas de sono:

Recém-nascido (0 a 3 meses): 14 – 17 horas de sono por dia;

Bebê (4 a 11 meses): 12 – 15;

Criança (1 a 2 anos): 11 – 14;

Pré-escolar (3 a 5 anos): 10 – 13;

Idade escolar (6 a 13 anos): 9 – 11;

Adolescente (14 a 17 anos): 8-10;

Jovem e adulto (18 – 64 anos): 7 – 9;

Idoso (+65 anos): 7 – 8.

A pandemia e os distúrbios do sono

O contexto da pandemia altera profundamente a rotina e programação anteriormente estabelecidas. O isolamento e o acúmulo de estresse interferem na regulação do sono, que é essencial para o desenvolvimento infantil. Há, ainda, evidências da influência desses fatores sobre a plasticidade cerebral, que é a propriedade do sistema nervoso que permite o amadurecimento de alterações estruturais em resposta a experiências e estímulos repetidos. Consequentemente, o desenvolvimento cognitivo e emocional da criança acaba sendo afetado. 

Os principais sincronizadores do sono são os horários dos compromissos. Sem eles, podemos perder a quantidade e/ou qualidade do sono, criando ainda conflitos de incompatibilidade de rotina, quando em contexto familiar. Toda essa mudança ocasionada pela pandemia do Novo Coronavírus demanda um processo de readaptação, o que, para crianças, pode ser mais demorado do que se imagina.

Insônia

A insônia é uma disfunção de sono que impacta entre 20% e 30% das crianças, conforme o artigo Distúrbios do Sono na Infância, de Camila dos Santos El Halal e Magda Lahorgue Nunes. Os sintomas característicos são: dificuldade de início ou manutenção do sono, despertar mais cedo que o desejado e dificuldade de adormecer sem intervenção dos pais ou cuidadores. Muito comum também nas crianças de até 12 anos, a insônia comportamental, ao contrário de uma doença, é uma adoção de comportamentos e rotinas desfavoráveis ao sono adequado.

Dessa forma, estabelecer limites de horários é extremamente importante, para evitar que a insônia ocorra pelo simples hábito inadequado. Além disso, deve-se estar atento aos sinais de ansiedade, mudanças de humor ou comportamento, bem como sintomas físicos como dor ou cólicas, otite, refluxo, crise de asma ou obstrução das vias aéreas. É fundamental também entender se a criança está tomando algum medicamento que possa ter influência, como, por exemplo, estimulantes ou remédios para déficit de atenção.

Distúrbios respiratórios do sono

Muito comuns também são os distúrbios nada relacionados a comportamento, mas sim à respiração. Essa especificação abrange anormalidades de respiração e ventilação, que obstruem parcial ou completamente as vias aéreas superiores (VAS), causando um aumento de esforço respiratório. 1 a 5% das crianças são afetadas com essa dificuldade, principalmente entre 2 e 8 anos.

Entre os fatores de risco, estão as ocorrências familiares de SAOS (apneia obstrutiva do sono), prematuridade, obesidade e doenças neuromusculares. A longo prazo, esses distúrbios respiratórios de sono podem levar a problemas estaturais, hipertensão arterial sistêmica e hipertrofia ventricular direita. Os sintomas são variados:

  • Dificuldade para respirar em, ao menos, três noites por semana;
  • Enurese noturna secundária (xixi na cama, de forma involuntária);
  • Hiperextensão cervical durante o sono;
  • Cefaleia matinal (dor de cabeça);
  • Sonolência diurna, desatenção ou hiperatividade;
  • Dificuldades na aprendizagem.

Dicas que ajudam a evitar distúrbios do sono

Considerando que a insônia comportamental é muito frequente entre as crianças, existem algumas boas práticas que podem ser seguidas para que se construa uma rotina saudável e propícia para um sono adequado.

Jantar leve

A última refeição realizada deve ser, pelo menos, 3h antes do sono, para que seja possível uma digestão adequada. O jantar, portanto, além de cedo, deve ser leve. É bom evitar as comidas com açúcar ou cafeína pois elas proporcionam energia. 

Estabelecer horários

Apesar da pandemia ter confundido a rotina, é essencial estabelecer horários. Reproduzindo sempre os mesmos hábitos e evitando alterações aleatórias – sem explicação ou motivo -, a criança conseguirá ajustar o seu relógio biológico, regulando os ritmos vitais e de controle de sono. Considerando o tempo recomendado de sono de cada faixa etária, deve-se buscar estimulá-lo um pouco antes. Ou seja, se a criança irá dormir às 21h, para fechar as horas necessárias de sono, a partir das 20h ela já pode estar deitada, evitando o uso de eletrônicos, em processo de relaxamento.

Uma dica é utilizar o Reloginho tá na hora de que?, facilitando a negociação do horário com a criança: a combinação pode ser que ela pode ficar acordada até o ponteiro chegar na hora de dormir.

Ambiente confortável para o sono

Criar um ambiente atrativo e relaxante no quarto é super importante e facilita muito. Coloque na cama objetos que a criança gosta, e que a fazem se sentir acolhida. A iluminação em tons mais quentes e indiretos também estimula a tranquilidade e a calma, respeitando o Ciclo Circadiano. Um ponto que merece atenção também é: qual a visão do seu(ua) filho(a) em relação ao ambiente em que dorme? Evite colocar a criança de castigo – ou naquele “cantinho do pensamento” – na cama, por exemplo, pois assim ela irá criar uma associação ruim com o ambiente de sono.

Uma dica é realizar a leitura de alguma história, mas sempre com um ambiente silencioso, em baixo tom de voz, e sem excesso de agitação. Aproveite a sessão de livros da BBDU!

Juliana Martins
Psicóloga | Mãe da Duda | Criadora da BBDU

Os meus, os teus, e deu?

20 PASSOS PARA O BOM DIVÓRCIO – PASSO 18: OS MEUS, OS TEUS, E DEU?

O tempo de cada um é singular. E nem sempre o que significa reconstrução para uma, é o mesmo para outra.

Neste momento, temos a vantagem de que, pós-experiência de uma separação, estaremos mais inteiras de nós mesmas e com um conhecimento mais evidente do que somos, do que não somos, do que queremos ou não.

Para algumas mulheres, só se reconstrói quando se ama de novo, casa de novo e, algumas vezes, só tendo outros filhos para reconfigurar uma família. Para outras, somente através do autoabastecimento, daquele que se conquista no passar do tempo.  Ainda, há mulheres que acreditam em relações eventuais e direcionam o foco para si mesmas e para os filhos.

E o que seria “dar certo”?

Não há uma única forma. Certo é aquilo que convém a cada uma e que faz encerrar o dia, de forma mais tranquila. É ter paz na alma, caminhar segura com a certeza de que fazemos o nosso melhor, todos os dias.

Às vezes, podemos ser felizes apenas com os nossos. Às vezes, com os nossos e mais alguém. E ainda: os nossos e os dele. Os nossos, os dele e os em comum. A mistura é o que melhor representa o amor. Traz pedaços da gente que compõem com os do outro. É uma costura humana de riqueza sem tamanho, porque traduz vontade. Vontade que dê certo. Vontade de amar de novo e começar do nada. Só que de um nada mais recheado de tudo, de histórias e vivências que potencializam as chances de dar certo, do jeito que for.

Recompostas, o que faremos ou não desta liberdade é algo tão íntimo que dispensa qualquer tipo de julgamento.

Linda toda e qualquer forma de reconstrução. E bem vindas sejam todas elas e todas as formas de (“re”) amar.

                                                                                               By, Manual da separação

                   

Inteligência emocional na quarentena: como lidar com os sentimentos das crianças?

2020 vem sendo um ano diferente. A pandemia do Novo Coronavírus bagunçou a rotina de todos: adultos e crianças. O isolamento social salva vidas, mas também pode causar transtornos perigosos, como ansiedade e depressão. Segundo dados do Google, a pergunta “como lidar com a ansiedade” bateu o recorde de interesse da última década. Houve, ainda, um aumento de 98% nas buscas sobre o tema de transtornos mentais, durante o ano.

Segundo o médico psiquiatra Helio Lauar, da Central Psíquica (CEPSI) o ser humano nasce em uma condição de desamparo, necessitando de cuidados. Desde o nascimento, ele aprende que precisa do outro para sobreviver. Por consequência, a falta de convívio com outras pessoas é motivo de sofrimento e angústia. Mas não é momento para pânico, e sim aprendizado e reflexão. Confira!

Como as crianças são afetadas?

O estresse causado aos pais pela pandemia acaba repercutindo nos filhos. Em meio ao caos de informações relacionadas ao Novo Coronavírus, as percepções chegam às crianças através de muitos fatores, como as emoções das pessoas próximas, as mudanças de rotina e  situações de sofrimento. A restrição de tarefas como ir à escola, brincar com os colegas ou visitar os parentes próximos pode gerar angústia, medo e desamparo, ocasionando um ciclo de ansiedade. Dessa forma, torna-se fundamental criar um diálogo e esclarecer a realidade

Para a psicóloga Roberta Desnos, coordenadora pedagógica do Laboratório Inteligência de Vida é importante explicar a situação: “Converse com as crianças de maneira tranquila e honesta e de acordo com a capacidade de compreensão de cada idade. Não infantilize a criança ou desconsidere sua percepção da realidade. As crianças estão passando por esse período de distanciamento social e também tiveram suas vidas alteradas”.

A melhor forma de oferecer suporte às crianças nesse momento, portanto, é através da comunicação. Além de conversar sobre os acontecimentos, também é essencial que se converse sobre como a criança está se sentindo em relação a isso. É necessário criar um ambiente seguro para que ela consiga expressar suas emoções, estabelecendo uma relação de confiança e cumplicidade. 

Como lidar com as crianças durante o isolamento social?

Além da transparência e da comunicação como meio de esclarecimento de dúvidas e alívio de sentimentos, é preciso fazer mais. Principalmente para pais que estão em home office, torna-se fundamental criar alguma distração para a criança em casa, considerando os colégios fechados ou com restrição de horário. Para isso, temos algumas dicas:

1. Ler em família

Passar o dia inteiro em casa pode ser desmotivador. Um dos grandes desafios da quarentena é diversificar as atividades, mesmo com as limitações. Para isso, os livros podem ser aliados. É uma boa oportunidade para estimular a criatividade, capacidade de foco, e combater a ansiedade. Existe ainda a literatura educativa, que pode ser uma maneira leve de discutir temas importantes, que acabam se tornando mais sensíveis nos momentos de isolamento social. Recomendamos o livro Como fazer de um dia chato algo espetacular.

2. Cuidar das plantas ou animais domésticos

Outra forma interessante de despertar o sentimento de sensibilidade e compaixão nas crianças é dá-las a responsabilidade (compartilhada) de cuidar de algum ser vivo, seja ele uma planta ou um animal. O estímulo de olhar com carinho para o meio ambiente e a natureza é extremamente importante para um crescimento mais saudável e consciente em relação às questões sustentáveis, que fazem parte de um compromisso de toda sociedade.

3. Incluir a criança nas tarefas domésticas

Pode ser uma boa ocasião para incentivar a participação das crianças em pequenas tarefas domésticas: guardar os alimentos após a refeição, alcançar os temperos para quem está cozinhando, lavar a salada. Esses exercícios, além de desenvolver a autonomia e independência, proporcionam um senso de responsabilidade com os cuidados da casa.

4. Manter uma rotina

Tudo mudou! E, claro, a rotina das crianças precisa ser adaptada. Mas isso não é motivo para que não se tenha rotina. Estabelecer horários é importante, tanto para manter a criança regulada em relação a estudo, alimentação e sono, bem como para fomentar a disposição e evitar desânimo. Uma dica é utilizar planners e quadros de incentivo ou rotina

5. Incentivar o exercício físico

Vale tudo! Ginástica, esporte, meditação, alongamento, dança. É fundamental fazer com que a criança gaste energia e alivie o estresse. Além disso, esse tipo de atividade também auxilia no sono, diminuindo a ansiedade e causando uma sensação de exaustão saudável. Quem sabe criar uma coreografia da música preferida?

6. Conversar sobre os sentimentos

Como já falado, o momento é de conversa constante. Não basta um diálogo isolado, ele precisa ser frequente. Até porque, quanto mais houver incentivo, mais fácil será para a criança se expressar e falar sobre seus sentimentos e angústias. Existem mecanismos que podem ser interessantes para ajudar nesse processo, como o Pote da Calma, o Pote da Gratidão ou o Imã Dentro de Mim

7. Alimentar as amizades

Apesar de afastadas do convívio presencial, as crianças podem – e devem – manter contato digital. Felizmente, hoje em dia é possível realizar uma videochamada entre os colegas de turma, ou com os avós que estão isolados. É imprescindível manter e, quem sabe, até intensificar, os vínculos afetivos da criança. 

Quando pedir ajuda?

Sempre que não houver sinais de melhora. A saúde mental, em meio ao isolamento social, de fato fica muito comprometida. No entanto, se os pais se empenham para buscar meios de incentivar e ajudar as crianças, e mesmo assim não há uma reação positiva, talvez seja o momento de procurar ajuda profissional – para os pais, e para as crianças. É preciso lembrar que as emoções dos filhos, muitas vezes, são reflexo das emoções dos pais. 

Ei, pai/mãe! Não se cobre tanto!

A situação é nova para todos, inclusive para os pais. Portanto, não é o momento de cobrança. É uma fase de novas descobertas e reflexões. Tudo bem não saber exatamente como lidar com o “novo normal”: ninguém sabe. Em matéria de isolamento, somos todos crianças em processo de aprendizado. Se permitir também faz parte do processo. O importante é estar atento e procurar ajuda, sempre que necessário. 

Juliana Martins
Psicóloga | Mãe da Duda | Criadora da BBDU

Namorados que chegam

20 PASSOS PARA O BOM DIVÓRCIO – PASSO 17: OS NAMORADOS QUE CHEGAM

Um acontecimento comum, já inserido nos momentos de melhora e reconstrução, é o surgimento de namorada/namorado dos pais. Ás vezes, na hora certa, quando as dores estão curadas e a família já esta reconstruída a ponto de ter um espaço tranquilo para esta chegada. Ás vezes, de forma precoce, ainda quando vivem um luto podendo desencadear dores, raiva e retrocesso nos acordos pactuados. O que sabemos é que isso vai acontecer e é normal que aconteça. É um marco divisório entre o que era passado e o que é presente.

Como em tudo, o bom senso é um ótimo sinalizador para análise da hora certa. Do quanto nossos filhos estão prontos e preparados, porque a perda numa separação é deles também.

Trabalhando com a ideia de idealizações, o indicado é que esta figura entre gradualmente na vida de todos. E também quando se tem alguma certeza de que ela representa algo sólido que justifique esta aproximação com os filhos. O processo de conquista é muito importante e nem sempre é fácil. Vai ter ciúme, vai ter a sensação de ameaça, de medinho de perder para aquele ser estranho até que as posições fiquem determinadas.

Assim como a entrada gradual, a certeza de que a namorada ou o namorado não estão ali para roubar lugar de ninguém, e sim para acrescentar, pode trazer a sensação de que as coisas estão se ajeitando internamente. Cada um tem o seu papel, e juntos poderão formar, sim, uma nova família. Pai e mãe são insubstituíveis e não correm risco algum. Estas figuras servirão para fazer com que os pais estejam mais felizes e podem, muitas vezes, servir de outros modelos para a criação dos nossos filhos.

Tudo está intimamente ligado a quanto saberemos fazer escolhas saudáveis. Incluir alguém novo sem preparo, atropelar o processo de aceitação, abandonar os filhos com a desculpa de que está cuidando da sua tão esperada felicidade, trocar de namorados como a troca de estações, não. Mas aí cada um tem a dor e a loucura de ser o que é, não é mesmo? E não vai ser a nova namorada ou o novo namorado que trarão este “novo” comportamento de pai ou mãe. Muitas verdades se mostrarão aqui. Pai que não era muito pai e que dá uma sumida para curtir a vida, que não pega em final de semana que é seu, na verdade, está apenas sendo o pai que sempre foi. Mãe que deixa os filhos num feriado com a empregada, sem avisar ao pai, e vai viajar com namorado “escondida”, está provavelmente mantendo o seu mesmo padrão de mãe que sempre existiu. Eles serão apenas desculpas para um comportamento já conhecido.

Sentir um incômodo e certo ciúme é muito normal também. Até porque os filhos voltam excitadíssimos com a novidade! E como é a namorada do papai? Vai ter a fase dos elogios e vai parecer que do lado de lá tudo é o máximo. E tomara que seja. Às vezes é um empurrão para que sigamos em frente também. Mil vezes um ex feliz do que um ex enchendo nosso saco. Mil vezes o entregar as crianças querendo um tempo para si, para namorar um pouco, do que alimentar a dor de que eles foram para o lugar perfeito, para um casal “perfeito”, e eu aqui.

Porque, depois de um divórcio, sabemos que não existe perfeição nenhuma. Vale lembrar e fazer uso do conhecimento que temos do ex e de tudo que não deu certo e não servia mais para a gente. Namorados podem ir e vir. E se ficarem, os filhos terão os pais para garantirem que estarão sendo bem cuidados também por eles. E se dói muito, além da conta, a busca de cura deve ser internamente trabalhada. Um novo amor cura, sim, antigas feridas. Mas um amor próprio em dia, faz milagres.

                                                                                               By, Manual da separação

                   

A vida continua

20 PASSOS PARA O BOM DIVÓRCIO – PASSO 16: A VIDA CONTINUA

Quando nos confrontamos com os primeiros momentos em que ficaremos sozinhas, no início pode ser meio aterrorizante. Mas, no desenrolar de todo o processo já vivido, a cada adversidade superada, aprenderemos a estar em paz com a nossa própria companhia e assim, estes momentos vão sendo cada vez mais apreciados. Valorizar os colos recebidos, a possibilidade de um recomeço em outro lugar – ou no mesmo, numa nova releitura de espaços-, estar em dia com a nossa auto estima e acreditando no nosso potencial de recuperação, isentas de culpas e maiores na aceitação, tudo tende a amenizar.

Assim, chega um momento, e chega mesmo, que nos damos conta que passaram 24 horas e nem lembramos de nada que nos associasse à dor, culpa, remorso ou simplesmente à figura do/a ex. Entramos no ritmo da vida, assistimos a um filme, lemos um livro, uma conversa amena e, ops! Não é que conseguimos nos desligar mesmo? São primeiros momentos que vão surgindo cada vez com maior frequência e que irão espaçando as dores, os medos ou qualquer pensamento ruim.

E chega o dia também que dentro de um momento tão bom com os nossos filhos nem lembramos de outra configuração familiar. Como se o presente vencesse o passado em intensidade. Estes momentos de respiro vão aparecendo mais seguido, aumentando nosso potencial de voltar a sonhar. Passamos a fazer novos planos e a nos imaginar fazendo algo que antes nem pensávamos: um curso, uma experiência em algo novo, um coração preenchido novamente da gente e até com sinais de espaço para mais alguém.

Se estamos recheadas de nós mesmas, se buscamos pequenos momentos de prazer, vamos nos transformando novamente. Se saímos machucadas ao final de um casamento, saímos maiores também. E neste momento do voltar a viver mais, apreciando pequenas coisas, vamos ficando maiores. E sabe quem percebe primeiramente este agigantamento? Nossos filhos.

Chega a hora que damos tchau para eles sem dor; que ficamos sozinhas numa noite de sábado, abrimos um vinho e vamos comer felizes na frente da tv. Que não vemos o tempo passar ao lado de uma boa conversa com uma amiga. Que nos sentimos acolhidas pela nossa família de origem e nos damos conta que estamos mais felizes e mais nós mesmas dentro do nosso habitat. E um dia, sem mais nem menos, nos apaixonamos novamente. Lembramos que antes de uma esposa sofrida, de uma mãe culpada, ainda somos mulheres. Com o diferencial absoluto de termos em nós uma história a mais para contar. Uma experiência vivida que nos ensinou muita coisa. Fazer novas escolhas, por exemplo, é uma chance de nos reescrevermos e recomeçarmos (por fora e por dentro).

                                                                                               By, Manual da separação

O que fazer com a Raiva

20 PASSOS PARA O BOM DIVÓRCIO – PASSO 15: O QUE FAZER COM A RAIVA

By Manual da Separação

A este altura dos passos sabemos o mal que a raiva provoca em todo o sistema familiar, o quanto dificulta a relação entre os pais e que dela os desdobramentos são sempre prejudiciais. Também sabemos que sentimentos originados de rupturas, como a raiva, fazem parte do contexto. Vindos de finais de expectativas de projetos de vida, de mágoas acumuladas, de fatos graves que tenham ocorrido e que provocam, inevitavelmente, desconforto na presença do outro e necessidade genuína de mostrar esta dor, enfrentar o outro e conflitar.  Muitas vezes, dando a sensação de que investir no conflito seria a melhor forma de dar conta de algo tão ruim.  

Se olharmos para estes sentimentos como algo esperado, normal para o processo, estaremos nos acolhendo e sabendo que com o devido tempo de cura, tudo irá se acalmar. O problema é quando a raiva ultrapassa o razoável: quando em detrimento dela, deixamos de proteger nossos filhos. Quando passa do ponto que define o que é nosso do que é deles. 

Independente do desfecho de cada relação, certamente os filhos não têm absolutamente nada a ver com isso. Assim, em casos em que a raiva esta desmedida, comprometendo o vinculo dos filhos com o outro, respingando dor em quem não deve carregar, precisaremos olhar com cuidado para ver se não há indicio de alienação parental ou, numa dose menor de sentir/agir, o quanto a busca por uma ajuda técnica poderá ajudar a ultrapassar este ponto de dor, facilitando a sua compreensão e a análise de todo o contexto do que a provoca. 

A raiva é um grande impeditivo para se fazer uma virada. Ela faz com que a gente se aprisione ao passado. Faz com que as pessoas não percebam nem as coisas boas que podem estar acontecendo ao redor delas mesmas. É uma prisão perigosa e que forma raízes profundas. 

É por ela que brigas judiciais são mantidas de forma interminável, por ela que identificamos impeditivos para fechamento de acordos, jogos de trapaças, investimento num ódio familiar para todo o sempre. E nisso, nesse tipo de relação comprometida não tem final feliz. As dores serão perpetuadas nos filhos e netos. E mais adiante, lá no finalzinho da vida, qual foi o ganho mesmo? 

Identificando este sentimento, nós o normalizamos, aprendendo a identificar a origem e a forma como atua e aí temos a possibilidade de domínio. Cabe a nós definirmos quem domina quem. Evitar revides, fugir de algumas armadilhas fazem parte de um planejamento de superação e proteção a uma relação que inevitavelmente se perpetuará no tempo. Se é inevitável, podemos viver melhor ou pior com ela. A decisão é nossa. 

Alfabetização em casa

Temos recebido diversos relatos de pais e mães que estão sofrendo com a alfabetização dos filhos neste ano de pandemia e aprendizado online.

Então, resolvemos escrever sobre este assunto e dar algumas dicas que podem ajudar quem tem criança em casa nessa fase. Antes de tudo é importante entender os três níveis evolutivos desta fase, descritos pela literatura, são eles: Nível pré-silábico, nível silábico e nível alfabético.

O nível pré-silábico é quando a criança não estabelece relações entre a escrita e a pronúncia, é como se a criança desenhasse as letras. Sua expressão é através do desenho, rabiscos e letras usadas aleatoriamente.
Neste nível a criança não percebe ainda que as letras tem relação com os sons da fala, ela sabe que se escreve com símbolos e ainda não relaciona tais símbolos (letras) com os sons.

Dicas do que pode ajudar quando a criança está nesse nível:

– Use a letra de imprensa maiúscula (de forma ou bastão) que favorece a percepção das unidades sonoras e diminui o esforço e as dificuldades psicomotoras.

– Use palavras que tenham significado para criança, como seu nome por exemplo, ela terá mais interesse em aprender.

– Faça crachás com os nomes das pessoas da casa e faça uma brincadeira onde todos usam seus crachás por um tempo (lembre-se de usar letra de forma).

O nível silábico é quando a criança descobre a lógica da escrita, percebendo a correspondência entre a representação escrita das palavras e os sons das letras, mas pensa que cada letra é uma sílaba oral, ou seja, usa ao escrever uma letra para cada emissão sonora (cada sílaba).

Este nível deve ser uma construção da criança e o treino descontextualizado e mecânico das sílabas não vai ajudar. O que vai auxiliá-la são atividades que a ajudem a perceber a estabilidade da escrita convencional, no confronto com palavras já conhecidas (nomes dos colegas, produtos).
Quando a criança lê o que escreveu percorrendo a palavra com o dedo percebe que sobram letras (hipótese pré-silábica) ou faltam (hipótese silábica), facilitando a construção da hipótese alfabética.

Dicas do que pode ajudar quando a criança está nesse nível:

– Fazer placas para identificar as portas dos cômodos da casa (lembre-se de usar letra de forma);

– Etiquetar objetos da casa (lembre-se de usar letra de forma);

– Deixar disponível para crianças jogos com letras (na BBDU temos os imãs do alfabeto que facilitam muito 😊)

– Fazer listas e ditados variados. Uma boa ideia pode ser fazer uma receita com a criança e envolvê-la na escrita lista de ingredientes.

– Brincar de forca (na BBDU temos o giz líquido que pode ser usado em espelhos e vidros e como tem cores vibrantes as crianças amam e rola brincadeira de forca até quando estão andando de carro)

– Usar caça palavras e cruzadinhas (elas já são vendidas com o indicativo de idade)

O nível alfabético é quando a criança compreende a organização e o funcionamento da escrita e começa a perceber que cada sílaba (emissão sonora) pode ser representada, na escrita, por uma ou mais letras. A base alfabética da escrita se constrói a partir do conflito criado pela impossibilidade de ler silabicamente a escrita padrão (sobram letras) e de ler a escrita silábica (faltam letras).
Neste nível, a criança, embora já alfabetizada, escreve ainda foneticamente (como se pronuncia), registrando os sons da fala, sem considerar as normas ortográficas da escrita padrão e da segmentação das palavras na frase. E tudo bem, não é hora ainda de corrigir ortografia, isso só deixará a criança insegura!

Dicas do que pode ajudar quando a criança está nesse nível:

– Ler livros com a criança, pode ser ela lê uma página e você outra e depois ir aumentando a parte dela.

– Brincar de forca, cruzadinhas e palavras cruzadas continuam sendo uma ótima ideia

– Pedir ajuda para ela fazer a lista do supermercado

– Registrar o que ela fez nos três turnos em uma tabela

– Desenhar um outro início, meio ou final para a história (aqui não estamos trabalhando a escrita, mas a leitura e compreensão de texto)

Enfim, acreditamos que entender os níveis evolutivos de seu filho e propor exercícios e brincadeiras que respeitem sua etapa evolutiva é fundamental para ajudá-lo em sua alfabetização, pois ele se sentirá seguro ao conseguir corresponder ao que é proposto.
E, acima de tudo, lembre-se que este é só mais um ano, o que não for possível aprender tudo bem! O mundo inteiro está nesta situação e os currículos escolares precisarão se adaptar para considerar este ano atípico e os aprendizados possíveis.

Dica final: Recentemente disponibilizamos em nosso site a coleção Abremente Maísculas, Minusculas, Cursiva e Números, pensada especialmente para crianças no processo de alfabetização e que podem ser mais uma opção para estimular os pequenos e que ensina brincando.

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