Desmistificando o parto humanizado

O conceito de parto humanizado veio bastante à tona nos últimos anos. Esse modelo prega que o parto deve ocorrer da forma mais natural possível, trazendo um contraponto ao que a Organização Mundial da Saúde (OMS) identifica como “medicalização do parto”, que é o uso indiscriminado de procedimentos cirúrgicos. Mas há muita confusão em relação a essa ideia: não quer dizer que nenhuma intervenção médica será realizada, se houver necessidade. Também não quer dizer que você deve sofrer durante o trabalho de parto, e, muito menos, que você não receberá assistência. Por isso, coletamos uma série de informações, todas com embasamento científico, para que você entenda e não caia nas falácias sobre o parto humanizado. Confira!

Mas enfim, o que é o parto humanizado?

O parto humanizado não é um tipo de parto – como normal ou cesareana -, e sim um processo que pode ser realizado para que a mãe e o bebê passem pela experiência com maior naturalidade e conforto. A ideia, portanto, é tornar o momento mais humano, respeitando o protagonismo da mulher e garantindo a saúde da mãe e do bebê através de medidas menos invasivas possíveis. Ou seja, isso não significa que não será necessário realizar uma anestesia, por exemplo, mas sim que serão testadas outras possibilidades para proporcionar um relaxamento e alívio das dores, como uma posição mais confortável, uma música agradável, o apoio de familiares, a movimentação ideal.

Não existe, portanto, um modelo pronto de parto humanizado: ele varia de acordo com as necessidades e vontades da mãe. Pode ser que uma se sinta mais confortável deitada; outra, sentada. Uma, escutando rock. Outra, música clássica. Todas as variáveis que interferem nesse processo são definidas pela mãe, sempre que possível. Isso significa que, quando for necessária a intervenção médica, ela irá ocorrer. Mas tudo o que puder ser decidido pela mulher, será, para que ela se sinta acolhida e respeitada.

Parto normal x Parto humanizado

Parto normal não significa que é humanizado, e parto humanizado não necessariamente é normal – apesar de, preferencialmente, sim. Nem sempre, no entanto, é possível seguir a opção de parto normal. Existem complicações que podem ocorrer durante o processo, ou ainda anteriores a ele – como placenta prévia, que obriga a realização da cesárea para segurança da mãe e do bebê -, que fazem com que não seja viável. 

Algumas intervenções cirúrgicas podem ocorrer no parto normal, como a episiotomia – corte na vagina para facilitar a passagem do bebê -, que nem sempre é realizada a partir de uma precisão. Ou seja, por vezes, para facilitar o parto, essas medidas são tomadas de forma indevida. Essa é uma das questões que o parto humanizado busca solucionar.

Se é cesárea não é humanizado?

Não necessariamente. Claro que, considerando que o parto humanizado busca a naturalização dos procedimentos, não é o ideal ocorrer a cesárea. Portanto, uma cesárea previamente marcada, sem nenhum motivo explícito, não faz parte do movimento do parto humanizado. Mas é importante ressaltar que: deve-se fazer o que for mais seguro para a mãe e o bebê. Intervenções cirúrgicas sem necessidade não são seguras. No entanto, às vezes elas são exigidas, e são a decisão médica correta para garantir essa segurança.

De qualquer forma, é possível humanizar a cesárea orientando e acalmando a mãe, com o acompanhamento de familiares, com o controle do ambiente – intensidade da luz, música, ruídos – e contato com o bebê logo nos primeiros segundos de vida. São pequenas ações que contribuem muito para a calma e bem-estar da mulher que está vivendo essa situação.

Quais as vantagens dessa assistência?

Muitas! Seguir o processo natural, esperando o trabalho de parto, é considerado o método de nascimento mais seguro. Aliado a isso, as vantagens para a mãe são muitas, que permeiam a questão da autonomia e conforto. Quando fazemos algo que escolhemos fazer, e, dentre as possibilidades, optamos por aquilo, espontaneamente ficamos mais confortáveis. A decisão da posição do parto contribui muito para essa sensação. 

O uso de técnicas de alívio da dor como banho quente, movimento e massagens também auxilia a mãe a chegar a um estado de maior relaxamento, sem o uso de medicamentos – ou, pelo menos, em menor quantidade. Além disso, no parto humanizado, o contato pele a pele de mãe e bebê, com amamentação imediata, faz com que se aumente o vínculo entre eles. Esse início precoce da amamentação também faz com que o leite desça mais rápido, diminuindo a chance de dificuldades. Claramente, também existe um menor risco associado a manobras cirúrgicas, já que estas são evitadas ao máximo.

A autonomia da mãe começa no poder de escolha

É incrível poder decidir alguns detalhes do seu parto e buscar uma alternativa mais confortável para esse momento tão especial e marcante da sua vida. Mas tudo bem se você não quiser um parto humanizado. Nosso poder de escolha começa aí. Portanto, não se sinta culpada ou coagida a optar por um, ou por outro. Informe-se, leia, fique atenta e converse bastante com os seus médicos. Opte pelo que faz você bem! E uma boa hora!

Juliana Martins
Psicóloga | Mãe da Duda | Criadora da BBDU

7 sinais de que o cansaço materno se transformou em Síndrome de Burnout

A maternidade é um desafio. Apesar do amor, da realização e do carinho sentidos, ser mãe não é uma comédia romântica. Um dos momentos mais lindos da vida das mulheres, é também um dos mais difíceis. O sono, o cansaço e a exaustão fazem parte desse processo, principalmente nos primeiros meses, e especialmente quando as mulheres ficam sobrecarregadas, sem a participação dos(as) parceiros(as) nesse processo. 

Mas quando esses sentimentos se tornam sintomas? Quando a exaustão se torna uma síndrome, que requer tratamento e acompanhamento médico? Muitas mulheres sofrem da Síndrome de Burnout Materno, que nada mais é do que uma alta carga de estresse capaz de distorcer os sentimentos e provocar uma série de pensamentos negativos. A boa notícia é que existe tratamento: você não precisa sofrer sozinha.

Síndrome de Burnout

Você já deve ter ouvido falar desse termo para se referir a um transtorno causado por estresse no trabalho. O mundo corporativo e a ideia de “workaholic” – ou vício em trabalho – ocasionaram algumas perdas para a saúde mental. Esse conceito foi levado ao mundo materno quando constatou-se que o esgotamento mental das mães é muito semelhante ao ocorrido nas empresas.

A psicóloga clínica Juliana Benevides explica

A maioria das mulheres é submetida ao esgotamento porque se espera que elas estejam preparadas para serem mães, profissionais e donas de casa. Muitas não se dão conta e não têm coragem de externar a dificuldade, pois se sentem constantemente julgadas. Isso vai se acumulando dentro delas e, em um momento, vem a sensação de que a vida está anulada, pois nada que fazem é para elas, não há um momento de ócio. Tudo é para os outros ou para os filhos. Não há mais sentido e prazer naquilo.

Juliana Benevides

Entre os principais sintomas do quadro, estão: intensa exaustão física e emocional, tristeza, ansiedade, apatia, taquicardia, esquecimentos, falta de interesse e irritação. Trouxemos algumas situações mais práticas que podem servir de alerta. Confira agora e lembre-se: se tiver qualquer sintoma, procure um médico. 

1. Mesmo quando está em momentos felizes e tranquilos com seu bebê, você se sente triste

A sensação de tristeza é constante. Nenhum momento, por melhor que seja, faz você se sentir plenamente realizada ou alegre. Vale lembrar que esse sintoma corresponde a uma série de diagnósticos psicológicos, que não são necessariamente Burnout. Há, inclusive, a depressão pós parto, que é causada por motivos diferentes, mas que tem sintomas bem parecidos. 

2. Você se sente apática

Você não sente emoção, motivação ou entusiasmo: tem a impressão de estar indiferente, sem se importar, e sem estímulo para cuidar do bebê. Muito porque sente que sua vida se resume a isso.

3. Se o bebê faz algo, você fica desproporcionalmente irritada

Ok, é irritante não conseguir dormir de noite, ou ter que trocar novamente o bebê passados apenas alguns minutinhos. Você não precisa se sentir culpada por, às vezes, sentir-se incomodada ou estressada. No entanto, passa a ser preocupante quando você sente, de fato, raiva. Isso é um dos principais sinais de que se está diante de um caso de Burnout.

4. Passam por sua cabeça sentimentos ruins

Podem ser tanto sentimentos agressivos, como sentimentos de fraqueza, desistência. É como se você perdesse as forças e falasse para si própria que não consegue. 

 5. Você se sente mal quando seu filho chora

Você sente que não há nada que você possa fazer por ele, e passa a se sentir culpada quando ele chora, mesmo que seja uma situação totalmente normal. 

6. Sua autoestima está muito baixa

O momento pós parto realmente não favorece a autoestima. É uma etapa de muita dedicação para o recém nascido. No entanto, você não precisa deixar de pensar em você: isso é saudável. Tomar um banho relaxante, fazer atividade física (se já liberada pelos médicos), se arrumar, ir ao salão de beleza. Tudo isso são atitudes que você pode e deve tentar realizar. Pelo seu bem, e pelo bem do seu filho. Se, no entanto, você não tem vontade nem de tentar fazer algo pela sua autoestima, sendo tomada pelo desalento e pela angústia, isso pode ser um sintoma. 

 7. Você tem dúvidas se consegue cuidar dos seus filhos

Como mães, costumamos nos cobrar muito. Será que estamos fazendo o mais correto? Nem sempre conseguimos acertar, mas sempre fazemos o melhor que podemos naquele momento. Mas, se você pensa que não é capaz de fazer isso, ou tem dúvidas disso, respire fundo. É bem possível que isso não seja somente uma insegurança, e sim um sintoma. 

Conclusão

Você precisa ter claro: a maternidade não é um mar de rosas, mas ela também não pode ser um pesadelo. O desgaste é normal, mas ele não pode se sobrepor a todos os outros momentos felizes. Se isso estiver ocorrendo com você, não é motivo de vergonha. Precisamos desvincular os distúrbios psicológicos do sentimento de culpa. Ninguém fica mentalmente mal porque quer, ou porque procurou isso. 

Precisamos enxergar a doença mental como o que de fato é: uma doença. Portanto, você não será uma mãe menos maravilhosa se pedir ajuda e procurar tratamento. Pelo contrário, você será ainda melhor. Porque cuidando de você, você está cuidando também do seu bebê. 

Juliana Martins
Psicóloga | Mãe da Duda | Criadora da BBDU

Confira 7 dicas para tirar a chupeta do bebê

A adoração da maioria dos bebês pelas chupetas vem do reflexo de sucção que, desde  a gestação, a partir da décima oitava semana da vida uterina, é desenvolvido. É um impulso de sobrevivência, para se alimentar. Apesar de instintiva, a chupeta gera muita polêmica entre os médicos pediatras, que discutem os malefícios do seu uso prolongado, que atrapalha o desenvolvimento da dentição e estimula vícios na fase adulta. 

Mas não se sinta culpado(a) se você ainda utiliza o acessório com seu(ua) filho(a): ainda há tempo de parar. Separamos as principais dicas de acordo com pais e pediatras para que esse processo seja o mais descomplicado possível:

1. Não tenha pressa

Nada de tirar a chupeta de um dia para o outro, sem nenhuma preparação. Apesar de parecer uma solução mais rápida e eficaz, na prática, normalmente, não é isso que ocorre. Uma retirada brusca do acessório pode causar danos a curto e longo prazo. A dica, portanto, é: vá reduzindo o tempo de uso, espace os intervalos. Desacostume a criança aos poucos, e aproveite os momentos de tranquilidade e distração – como em um dia em casa ou no meio de uma brincadeira –  para iniciar o processo.

2. Não culpe a criança

Se ela já tem capacidade de compreensão, explique por que você está fazendo isso. Mas atenção! Não diga a ela que usar chupeta é feio ou errado, mas sim que ela não precisa mais disso, pois já cresceu. A criança acaba vendo no acessório um mecanismo de segurança e confiança e, portanto, transformar isso em algo negativo pode ser muito prejudicial, podendo inclusive despertar sentimentos como ansiedade e insegurança. Mostre que o tempo passou e ela já está em outra fase, mais independente, e que não há necessidade de se sentir sozinha ou abandonada.

 3. Negocie uma troca

Apesar de parecer estranho, o verbo é, realmente, “negociar”, e não simplesmente trocar. Isso porque, se for de forma autoritária, você não verá efeitos positivos. Na hora de dormir, por exemplo, converse sobre trocar a chupeta por um brinquedo que a criança adora, e que a faça se sentir segura. Ou ainda é possível fazer isso através da construção de uma meta ou um objetivo – nesse caso, não usar a chupeta – que, se alcançado, tem a recompensa de um passeio no parque ou um presente especial. Para isso, é interessante utilizar um quadro de recompensas, valorizando as conquistas diárias.

 4. Incentive: boca livre pra falar!

Esse é um bom combinado para fazer: não se pode falar de boca cheia. Quando a criança está desenvolvendo a fala, é normal sentir a necessidade de ser atendida. Por isso, pode ser interessante explicar que os adultos só conseguem compreender as palavras que são emitidas de forma livre, sem a chupeta na boca. Para que isso funcione, não se esforce em tentar entender o que a criança está falando, diga a ela que é impossível e que ela precisa estar com a boca vazia.

5. Fique atento aos momentos

Acontece, muitas vezes, da criança rejeitar a chupeta de forma natural, por algum motivo como um resfriado, porque está velha ou qualquer outro fator: aproveite esse momento. Qualquer sinal de desinteresse pode ser a oportunidade perfeita para se livrar pra sempre do acessório. Portanto, esteja atento e observe as reações naturais do seu(ua) filho(a).

6. Prepare-se!

É visto que a chupeta auxilia muito os pais e mães para acalmar os bebês e crianças. No entanto, ao tomar a decisão de afastar o acessório da criança, você precisa ser firme. Portanto, prepare-se para noites mal dormidas. É normal, e deve acontecer, porque faz parte do processo de desapego e amadurecimento. Lembre, apenas, de não ceder de forma nenhuma: se você fizer isso, estará ensinando que basta uma birra para que você mude de ideia e faça o que o(a) pequeno(a) quer.

7. Dica extra: Almofada Dentinho Tchau Chupeta

Para auxiliar no processo de largar a chupeta, a BBDU lançou recentemente o produto Almofada Dentinho Tchau Chupeta. A ideia é explicar para a criança que o Dentinho (almofada) vai cuidar da chupeta, colocando ela no bolso. Além de incentivar o distanciamento do acessório, ele ainda lembra a Fada do Dente, que recompensa as crianças pelos dentes que caem.

Papel de Pai

Olá Papai e Mamãe, tudo bem?

Esse mês comemoramos o Dia dos Pais, então esse texto é especial para os papais e todos aqueles que exercem essa função na vida dos pequenos.

Acredito que vocês já ouviram ou até já usaram essa expressão: “Papel de Pai”, mas o que será que ela realmente quer dizer?

Geralmente essa a expressão, ”Papel de Pai”, está relacionada a uma obrigação ou a alguma cobrança. Mas como cobrar algo de alguém que muitas vezes não foi ensinado ou preparado para viver tal situação?! Culturalmente, não ensinamos os meninos a cuidar do outro. Já conversamos aqui outras vezes que é através da brincadeira que a criança entende e percebe o mundo, e o mundo dos meninos costumam ser apenas rodeados de carrinhos e futebol, não podem brincar de boneca ou de casinha pois “essas brincadeiras ferem sua masculinidade.”

Já as meninas são ensinadas desde muito pequenas a exercerem as funções ditas maternais, como: brincar de boneca, casinha e comidinha. Assim, mesmo sem perceber, delegamos todos os cuidados dos pequenos para as mamães, mas onde fica o papai? Qual é a parte que lhe cabe nessa missão?

O papel do papai não é menos importante que o da mamãe, e eles podem variar muito, de acordo com a cultura ou a configuração de cada família. Além dos diferentes papéis que o pai pode exercer, existem também diferentes tipos de pai. Tem o pai mais sério, o mais brincalhão, o companheiro de aventuras, aquele super protetor, o desligado… E tem aquele que é um pouquinho de todos.

A figura paterna estabelece limites e ajuda os pequenos a ter noção de certo e errado, além de possibilitar à criança a entrada no contato social de forma mais segura e proporcionar o equilíbrio que a criança precisa. Além de ser o primeiro ‘outro’ na vida da criança, a primeira pessoa que introduz uma relação além da materna.

A participação ativa dos papais na criação, fortalece o filho para a vida individual e social, além de promover segurança, autoestima, independência e estabilidade emocional. Por isso, é fundamental que você separe um tempo para brincar, ler, estudar e conversar com seus filhos. Mostrar o mundo masculino é importante para o equilíbrio dos pequenos. Você, papai, é exemplo a ser seguido e é referência quanto à integridade, ética e valores.

Assim, é necessário que você não esteja apenas fisicamente presente, mas que contribua para a educação e a formação dos seus filhos, e participe do desenvolvimento deles. Quando uma criança se sente rejeitada pelo pai, ou não se sente que é desejada como um filho, pode ficar frustrada, insegura e ansiosa. Já quando o filho se sente querido, a sensação de bem-estar é muito maior e isso é essencial para o desenvolvimento emocional.

Papais, nunca se esqueçam que vocês têm um papel fundamental na vida dos pequenos, vocês são a referência deles de amor, cuidado, ética e de homem. E não se esqueçam que não se nasce pai, torna-se pai. Criar e cuidar de uma criança são tarefas árduas que exigem esforço, tempo, dedicação, paciência… Permita-se aprender como exercer essa maravilhosa função com seus pequenos, apesar de não parecer, eles sabem exatamente do que precisam.

Um Feliz – Todos os – Dia (s) do Pais!

Amanda Ferraz – Psicóloga parceira BBDU

amandafoliveira1@gmail.com

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Ser mãe

mãe

Primeiramente, Feliz dia das mães! (Um pouco atrasado, mas acredito que esse dia se realiza 365 dias por ano)
Em virtude da comemoração pelo dia das mães escrevi um texto para vocês, mães, pessoas tão importantes no desenvolvimento dos pequenos. A maternidade é um mundo único, onde não há receita de bolo, repleto de incertezas e dúvidas, mas que, para algumas mulheres é algo muito desejado, sonhado, esperado… Há mães que abrem mão de muitos outros sonhos em virtude dos filhos, há outras que conciliam vários papéis junto a maternidade…
Existem vários tipos de mães desde a mais permissiva até a mais autoritária. O mais importante é a mãe estar bem estruturada psicologicamente para poder contribuir ao saudável desenvolvimento psicológico de seus filhos.
A mãe desejável é a mãe cuidadora, atenta e presente às necessidades do filho, que protege e ajuda o filho no seu desenvolvimento.
A mãe ideal não existe, existe a “mãe possível”, cada uma na sua individualidade. A mãe não precisa ser perfeita, precisa ser equilibrada para cuidar, proteger, ajudar, educar, consolar, apoiar, dar amor e prover às necessidades e ao mesmo tempo dar espaço ao crescimento saudável e a independência do filho.
Ser uma mãe atenta e dedicada significa também poder conviver harmoniosamente com o fato de também ser mulher e cuidar de si, para que possa investir na felicidade de seu filho e na sua.
Ser mãe é uma experiência única, possibilita muito crescimento e aprendizado e, junto com os desafios que a maternidade traz, surgem novos caminhos, novas possibilidades, surge um novo olhar para o mundo.
Quando se corta o cordão umbilical e a mãe recebe o filho nos braços pela primeira vez, é o coração que acolhe e aconchega, ela se compromete a fazer o que for preciso para o faze-lo feliz e transformá-lo em uma pessoa realizada, promete amar, proteger, cuidar, em silêncio a mãe toca todas as partes do corpo do seu filho como se tivesse procurando o manual de instrução. Descobre, logo em seguida, que filho não vem com manual e que em nenhum livro ensina ser mãe, cada filho é único e traz consigo suas necessidades individualizadas, não existe uma receita para ser a melhor mãe, cada mulher constrói a sua maneira e essa descoberta se estende pela vida toda.
Contudo ser mãe também representa solidão, pois é um momento único, onde ela se sente totalmente perdida com o filho nos braços, aquele ser tão pequeno, tão dependente.
Com um turbilhão de emoções à flor da pele, tudo ao redor continua como antes e só a mulher que se transformou. Por vezes isso representa solidão. Diante do seu novo olhar para o mundo não são poucas as vezes em que ela é incompreendida. Para piorar, muitas vezes a mãe também não entende o que está acontecendo com ela, sente vontade de correr, de gritar, se sente insegura, sente medo de tudo, de fracassar, de não ser a melhor, medo do desconhecido. Uma mistura desses sentimentos e uma onda de energia que provoca em seu interior a necessidade de buscar se realizar como mãe.
Ser mãe é ter o coração batendo fora do peito, ser mãe é não ter tempo para tomar um banho demorado, para comer, para dormir, é chorar e sorrir, é se desconstruir, é descobrir felicidades nas pequenas coisas, é esquecer de si mesma por desejar e vibrar com cada conquista do filho e nessa busca, descobre que mãe perfeita não existe, nem o certo ou errado. O que existe é uma criança que carece de cuidado, amor e limite e que a própria criança dá pistas de como lidar com ela. Ser mãe é ensinar pelo saber, pelo exemplo e pelo amor incondicional, que nada espera em troca. Amor este que até descobrir a gravidez não fazia ideia que existisse.
E pra você, o que é ser mãe?

Amanda Ferraz – Psicóloga parceira BBDU

amandafoliveira1@gmail.com

Carta de um filho para seus pais:

crianças-que-demoram-a-falar-2Recentemente lançamos um novo quadro em nosso canal do Youtube, chamado Como é para você?

A ideia é levar para as famílias informação e conteúdo de qualidade e que a gente confia na origem.Traremos profissionais da saúde em quem confiamos para falar sobre a infância. Cada um com seu jeito de ver e entender as coisas da vida. E, na gravação dos primeiros episódios, a psicóloga Bianca Muniz Kuhn, nos leu uma carta tão linda que queremos compartilhar aqui com vocês. Vale muito a reflexão.

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Você fala mais sim ou não?

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Recentemente falei sobre a importância do NÃO (fiz um vídeo também sobre isso veja aqui) e a repercussão foi enorme, o que me faz pensar que muitos pais concordam comigo, apesar de todo pai saber como pode ser difícil dizer não, ainda mais nos tempos atuais em que temos tão pouco tempo juntos.
E é sobre este tempo junto que vim falar hoje, e como já falei da importância do NÃO, agora vou falar da importância do SIM. Mas não o SIM fácil, o SIM difícil. Continuar a ler

COMO FAZER A RETIRADA DA CHUPETA

A Baby Girl's Hand and a teething ringSabemos que a função da chupeta além de promover o ato da sucção é de acalmar e tranquilizar o bebê. Então é fundamental atentar para o tempo de uso diário. Frequentemente vemos crianças que criaram o hábito de usar a chupeta em todos os momentos do dia. Essas crianças podem apresentar mais dificuldade para deixar de usá-la, mas os pais devem ter paciência e firmeza nos acordos que serão criados para ter sucesso nesse processo.

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Como Lidar com as Culpas Maternas

culpa

As pessoas costumam conhecer a frase que diz: “Quando nasce um bebê, nasce uma mãe”… E poderíamos completar essa frase dizendo “E nasce a culpa”!

Nove entre dez mães sofrem com sentimentos de culpa. As razões podem ser das mais diversas possíveis, desde coisas banais até coisas mais sérias.  Certo é que até as mais bem resolvidas não escapam de uma certa culpa em algum momento. Continuar a ler