Olá, Papai e Mamãe! Tudo bem?
Hoje vou falar sobre essa
emoção, que as vezes é difícil de lidar, principalmente quando acontece no
momento do sono. O medo pode levar a dificuldade para iniciar o sono ou, até
mesmo, prejudicar uma boa noite de sono dos pequenos. Crianças com medos noturnos,
geralmente têm dificuldade em dormir sozinhas, ao despertar a noite solicitam
atenção dos pais e muitas vezes ficam acordadas sozinhas durante a noite.
Os tipos de medos noturnos
variam de acordo com a idade, crianças de quatro a seis anos, por exemplo,
apresentam medos do escuro, de ficarem sozinhas, de monstros e situações
imaginárias. Os medos de crianças de 7 a 11 anos estão associados a perigos
reais, como ladrões e violência. Em diferentes idades o medo de perder os pais
também é presente.
Se o seu filho acorda durante
a noite assustado, chorando, muitas vezes demandando sua presença, isso não
necessariamente é um medo noturno, pode ser que ela tenha tido um pesadelo.
Crianças muito pequenas têm dificuldade para dizer o que aconteceu, por isso as
vezes é difícil para os pais identificar quando é um e quando é outro. Vamos
diferenciar então o que é pesadelo e o que é medo noturno.
O pesadelo acontece na fase
REM do sono, é uma fase menos profunda do sono, é aqui que os sonhos e
pesadelos acontecem. Os pesadelos são muito comuns, estudos apontam que 80% do
conteúdo do sono, de alguma forma provoca sensações ruins, conhecidas como
pesadelos. Quando isso acontece com crianças pequenas, de 3 e 4 anos, há uma
dificuldade para diferenciar o que é ilusão e o que é realidade, tendo
dificuldades para relaxar e voltar a dormir. Em casos de pesadelos, vocês pais,
podem acalmar e consolar a criança; explicar que o que ela sonhou não é de
verdade; deixar com a criança algum objeto que ela goste e desenvolver uma rotina
relaxante, um ritual do sono, para que ela possa dormir mais facilmente.
Já o medo noturno acontece na
fase “não-REM”, uma fase mais profunda do sono. Embora pode causar espanto nos
pais, é algo natural e que pode acontecer com algumas crianças. De acordo com o
seu crescimento, esses episódios tendem a ficar cada vez mais raros, até
desaparecer por completo.
No medo noturno, a criança
pode manifestar sinais de pânico, conversar, gritar, chorar, se debater, sentar
na cama, abrir os olhos, mas ainda assim ela continua dormindo, não nota a
presença dos pais e depois nem se lembra do que aconteceu. Nesses casos, vocês
pais, podem tocar a criança, acalmando-a e esperar o momento passar; não é
necessário acordá-la.
Medos noturnos são comuns
durante o desenvolvimento infantil, quando aparecem de forma tranquila e
transitória podem ser superados pela maioria das crianças. Porém, para algumas
crianças, o momento de ir para a cama representa uma grande dificuldade,
associada ao medo noturno severo e pode atrapalhar o desenvolvimento do sono da
criança. Nesses casos, é necessário buscar uma ajuda especializada.
Espero que tenha gostado do
texto de setembro!
Um abraço e até o próximo!
Amanda Ferraz – Psicóloga parceira BBDU
amandafoliveira1@gmail.com
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