Psicologia Positiva para crianças: o seu filho é feliz?

A psicologia positiva é um movimento recente dentro da ciência, que busca a compreensão de pensamentos e ações que levem à felicidade. Segundo Martin Seligman – autor do Modelo Perma e da Teoria da Felicidade -, assim como os pensamentos negativos são aprendidos, os positivos também são. Ou seja, a positividade pode ser construída e, consequentemente, novos caminhos para a felicidade e o bem-estar.

Entender a importância desse movimento pode partir de uma autoavaliação: você se considera feliz? E o seu filho, é feliz? A felicidade se manifesta de formas diferentes nas pessoas, não existe uma fórmula mágica! O que podemos fazer é utilizar estratégias que favoreçam a criação de nossos filhos para, quando adultos, saberem suas próprias maneiras de encontrar a felicidade. Confira!

Modelo Perma

O Modelo Perma foi criado por Martin Seligman e é a base teórica de todo estudo da psicologia positiva. Ele é formado por cinco elementos centrais, constituintes do bem-estar (felicidade), que são:

Emoção Positiva

É aquilo que nos faz feliz: afeição, conforto, prazer, segurança, pertencimento. Para conseguir ter emoções positivas em relação ao passado, muitas vezes é fundamental que se pratique o perdão – a si próprio e aos outros. Em relação ao futuro, isso é refletido através do otimismo e da esperança.

Engajamento

É o envolvimento em atividades que nos proporcionem a sensação que o tempo parou.

Sentido ou Propósito

É pertencer e servir a algo que se acredita ser maior que si próprio: uma causa, um movimento, uma religião. É o seu papel no mundo.

Realização

É a conquista por mérito. Ou seja, é o prazer de concluir algo que você colocou muito esforço. Não diz respeito a conseguir os seus melhores resultados, mas sim ao empenho.

Relacionamentos Positivos

É o sentimento pelas pessoas com as quais nos importamos e se importam conosco.

As 6 virtudes e as 24 forças pessoais

Martin Seligman estudou durante 3 anos cerca de 200 culturas, para tentar identificar o que elas tinham em comum. Dessa forma, ele chegou às 6 virtudes, que seriam valorizadas quase que mundialmente, inerentes a toda  e qualquer sociedade:

  • Sabedoria
  • Coragem
  • Humanidade
  • Justiça
  • Moderação
  • Transcendência

O estudo também vinculou as 24 forças pessoais a estas virtudes. Ao colocarmos em prática essas forças no nosso dia a dia, conseguimos atingir um bem-estar maior. Todos temos as 24 forças, mas com intensidades e prioridades distintas. É importante ressaltar a diferença entre força e talento: as forças são traços morais, que costumam ser escolhas; já os talentos são inatos, e mais difíceis de construir.

Dicas para o dia a dia

Que a psicologia positiva é incrível você já sabe, mas colocar em prática às vezes pode parecer um bicho de 7 cabeças – mas não é. Com pequenas ações simples e didáticas, você consegue suavizar a relação entre pai/mãe e filho(a), fazendo com que a vida de ambos seja mais tranquila e propiciando que seu filho coloque em prática suas forças pessoais em busca de uma vida com maior bem-estar. Trouxemos algumas dessas ações, segundo Jane Nelsen e Adrian Garsia, em seus cards Disciplina Positiva para Educar os Filhos. Confira!

Empodere seus filhos

Aos poucos, compartilhe o controle da vida e das tarefas com os seus filhos. Isso pode ser feito, por exemplo, quando você tem um problema e divide com a criança, para que vocês busquem uma solução juntos. Também é interessante tentar aumentar a capacidade de percepção e de leitura da criança frente a situações, questionando: “O que isso afeta no que você quer? Essa solução satisfaz todos os envolvidos?”

Faça acordos

Se estiver com algum problema de convivência com seu filho, não imponha a solução. Converse e chegue a um acordo entre todas as partes envolvidas. Caso o combinado não seja seguido, evite julgamentos e discussões, apenas lembre do acordado. 

Evite mimar

Há diversas formas de demonstrar amor. Mimar, com certeza, não é uma delas. Isso porque essa ação tem efeitos negativos para a criança, gerando fraqueza e dependência na infância, e insegurança na fase adulta.

Explique as consequências naturais

Deixe a criança viver a consequência natural do seu erro. Ou seja, se você avisou que ela deveria levar o guarda-chuva e ela esqueceu, deixe-a se molhar e seja empático(a), ao invés de frisar o erro. 

Distraia e redirecione

Ao invés de dizer o que não pode fazer, diga o que se deve fazer. Por exemplo, se a criança está mexendo em algo que não pode, indique outra opção mais interessante para que ela brinque.

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Juliana Martins
Psicóloga | Mãe da Duda | Criadora da BBDU

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