CONTANDO AOS FILHOS

By Manual da Separação

20 Passos para o Bom Divórcio – Passo 6: Contando aos filhos

Esta passo traz uma dose alta de culpa, de frustração, de sensação de incompetência. Que pais nós somos que estamos decidindo por esta ruptura? Que pais nós somos por não termos conseguido? Como lidar com uma dor assim?

Este é um momento que a ajuda de terapeutas pode vir para dar um bom suporte. As terapias de casal não existem apenas para retomadas de casamentos: servem também para auxiliar no fortalecimento de um fim. O manual foi construído através de muito trabalho multidisciplinar, assim como o Núcleo, nesta composição de terapeutas e advogados.

Assim, com este embasamento técnico e também no uso da experiência de acompanhar famílias em transformação, separamos algumas dicas, fundamentais para serem usadas neste momento de contar aos filhos uma decisão tão nossa e que nos é tão cara. São elas:

–  Apenas contar quando a decisão já estiver tomada, com as certezas cabíveis para o momento;

– Contar no máximo de sintonia possível com o outro. Uso de uma linguagem próxima, com combinações prévias feitas entre os pais, entregue em conjunto podendo assim, precocemente, sinalizar para eles a continuidade de uma boa parentalidade;

– Criar um espaço de diálogo, de acolhimento, onde a criança possa fazer perguntas, expressar as suas dores e dúvidas. E aqui vale lembrar que nem todos reagem da mesma forma: uns podem chorar, outros ignoram e muitos vão demonstrando aos poucos o seu sentir;

– Fazer uso de uma verdade possível, aquela que passa pelo filtro adulto e que protege em doses certas. Nem tudo precisa chegar neles;

– Isentar os filhos de qualquer culpa. Deixar claro que eles não têm nenhuma responsabilidade nesta decisão, que o fim (ou transformação) se deu na esfera de sentimentos entre os pais;

– Afirmar de forma explícita que amor de mãe e de pai por filhos não termina nunca. Que mesmo que a relação do casal tenha chegado ao fim, a deles com os pais é inabalável; esta certeza deste amor traz conforto e segurança, tudo que eles precisam para o momento;

– Criar uma espécie de rede de proteção: avisar a escola, os professores, avós, todos que forem próximos a eles, para que ao colocar para fora dores, medos e dúvidas, estejam sempre acolhidos amorosamente;

Dói, viu? Mas as crianças respondem muito mais rapidamente do que nós. Elas se reorganizam e nos sinalizam com melhoras antes do que poderíamos imaginar. Falar com a verdade do coração, isentos de culpa – porque não estamos fazendo nada de errado – aciona uma linguagem que elas dominam. E se a gente chorar na frente deles e não conseguir? Não tem problema algum, estaremos sendo de verdade. E a verdade é muito menos nociva do que a simulação. Seguimos (juntos) este caminhar.

Núcleo da Separação com filhos (saiba mais).

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