Aprendendo a Ficar Longe

viagem

Hoje em dia é muito comum que um dos pais tenha uma vida profissional em que precise ausentar-se. A realidade se impõe e a busca pelo crescimento profissional é constante. O fato de ter que permanecer longe de um filho, especialmente se for pequeno, pode gerar muito sofrimento, tanto para o adulto quanto para a criança. As mães costumam sofrer muita pressão quando são elas que precisam se ausentar, pois culturalmente, é mais esperado que as mães fiquem em casa cuidando de seus filhos do que deleguem esta tarefa a alguém. Portanto, é necessária a colaboração de toda família para que esta ausência não seja traumatizante.

Crianças pequenas, especialmente as que têm até seis anos de idade, apresentam comumente medo do abandono dos pais ou de sua perda. Então, é extremamente recomendado que ela sempre seja reforçada em saber que os pais irão VOLTAR e quanto TEMPO ficarão longe. Mesmo que ela não tenha a noção de tempo bem organizada ainda, este tipo de orientação diminui sua angústia e constrói um vínculo de confiança com seus pais. Da mesma forma, é importante o pai ou a mãe (quem for ficar longe) demonstrar que confia nos cuidadores substitutos, sejam os avós, uma babá ou outro familiar. Toda criança sente quando estamos inseguros e isto pode gerar angústia.

Algumas orientações para quem está vivendo este momento:

-Explique o que é saudade, e que é natural a gente sentir falta de alguém que gostamos quando estamos longe;

– Demonstre confiança no cuidador que ficará com a criança, explique que você sabe que ele ficará bem cuidado e que você só está indo viajar porque existe essa confiança;

-Utilize algum recurso visual, que tenha a função de calendário, para que a criança possa acompanhar a passagem do tempo de forma concreta;

-Procure não aliviar sua culpa trazendo grandes presentes, mas é recomendado sim, trazer algo significativo de sua viagem, como um brinquedo típico local ou algum alimento que seja permitido para a idade da criança;

– Deixe fotos suas para que a criança possa sentir-se acompanhada por você.

Estas e outras dicas podem ser utilizadas, porém o mais importante, é sentir que a decisão de viajar é benéfica para os dois lados e ser encarada com leveza.

. O “Mural das Conquistas – Aprendendo a ficar longe” desenvolvido pela BBDU tem como objetivo que a criança visualize o “passar do tempo” até o retorno da viagem. Naturalmente, a criança não tem a noção de temporalidade e isto precisa ser construído através da orientação dos adultos e amadurecimento cognitivo. Tornar este processo visual e divertido, auxilia a angústia de estar temporariamente separados de um dos pais.

A viagem pode ser profissional ou a passeio e certamente será muito mais prazerosa se você souber que seu filho está bem. Por isso, esteja preparada, prepare a criança para este momento e boa viagem!

 

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