No universo do bebê existe um objeto que é tão amado e, ao mesmo tempo, tão criticado por algumas pessoas e profissionais: a chupeta. Vemos algumas críticas a pais por oferecê-la ao seu filho ou por demorar em cortar-lhe o uso. Entretanto, como fonoaudióloga, tenho a opinião que não podemos ser radicais. O uso racional da chupeta não traz prejuízos à criança, muito pelo contrário. Em outros países a chupeta é chamada de “pacificador” e nisto nós concordamos: ela acalma mesmo o bebê; consequentemente a mãe também se acalma ao sentir que seu filho consegue se organizar – emocionalmente falando, realizando a prazerosa função de sugar e de se satisfazer mesmo na ausência da mãe.
Vejamos alguns fatores importantes: a chupeta ideal para a criança é a chamada chupeta ortodôntica, que possui o bico chato (e não arredondado como a maioria das chupetas). Existem tamanhos de bicos diferentes: recém-nascidos até seis meses e acima de seis meses. É importante que se ofereça a chupeta de tamanho adequado ao da boca da criança, para que a mesma receba estímulos corretos para o seu desenvolvimento. Além disso, devemos prestar atenção quanto ao material. As chupetas de silicone são macias, não sujam com tanta facilidade, não deformam mesmo depois das esterilizações e não ficam com cheiro ou gosto.
Como dito anteriormente, a principal função da chupeta é de acalmar o bebê. Então é fundamental atentar para o tempo de uso diário. Bons momentos para se oferecer a chupeta são aqueles em que o bebê necessita se recolher, adormecer ou quando precisa relaxar um pouco após situações que o deixaram desconfortáveis. É comum ver crianças muito pequenas que não conseguem se acalmar sem a presença de suas mães, porém, no corre-corre dos dias atuais algumas vezes elas podem não estar disponíveis e a chupeta pode ser um bom recurso.
Falando em corre-corre é comum ouvirmos relatos de pais que encontram nas mochilas dos filhos materiais trocados, sejam brinquedos, roupas e até mesmo chupetas. Sabemos que essas trocas infelizmente podem ocorrer, mas principalmente podem ser evitadas. O problema do troca-troca é o risco de doenças devido ao contato com germes e bactérias. Portanto, procure sempre manter as chupetas limpas (se possível esterilizadas) e identificadas para minimizar este risco.
Thuila Corezola Ramos
Fonoaudióloga
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