Estamos super felizes aqui na BBDU, pois a Karen Dedavid, psicóloga, mãe da Victória e minha amiga querida (da Ju), vai começar a escrever para o Blog da BBDU. Serão textos simples e objetivos, mas que falam de situações que todas as mães de primeira, segunda, terceira … viagem passam. Espero que gostem, nós adoramos o primeiro!
Apesar de existir um consenso entre psicólogos, psiquiatras e pediatras de que esta fase é absolutamente normal, pode não ser tão simples passar por ela (tanto para a criança quanto para os pais).
Ela acontece por que, inicialmente, o bebê não tem a percepção de que ele e a mamãe são seres distintos. É uma simbiose completa. Em torno dos seis meses (mas pode estar presente até em torno dos dois anos de idade), o bebê começa a moldar o que depois se transformará em independência. Mas nesta fase, ele ainda não se dá conta da constância dos objetos, ou seja, tudo aquilo que “some” pode nunca mais voltar. Por isso a choradeira quando você (e as pessoas mais significativas para o bebê) sai.
Já entendemos que esta é uma fase normal do desenvolvimento e que demonstra que o seu bebê está percebendo o mundo à sua volta. Mas como passar com tranquilidade por este momento?
Procure controlar a própria ansiedade e entender que esta fase vai passar. Quanto mais tranquilo o adulto estiver, maior segurança passará para o bebê;
Não caia na tentação de sair escondido ou “de fininho”, despeça-se da criança com tranquilidade, dando “tchau” e dizendo que irá retornar;
Os chamados “objetos transicionais” ajudam a aumentar a segurança do pequeno. Pode ser um paninho, brinquedo, fraldinha… Qualquer objeto que lhe traga segurança;
Despeça-se, mas não prolongue este momento, certamente o bebê irá parar de chorar alguns minutos depois quando estiver com outra pessoa em quem confia;
A famosa brincadeira de esconde-esconde e “achou!” são ótimos exercícios para que o bebê entenda a constância de sua presença e dos objetos;
Brinque com seu bebê, passe o tempo realmente juntos, construam um vínculo firme, torne os momentos agradáveis…
E você mamãe, acredite que este momento irá passar. Se necessário, apoie-se e divida as angústias com amigos ou com profissionais. Em caso de crianças maiores, um calendário, relógio ou um mural podem ajudar a construir a noção de retorno.
Karen Dedavid
CRP 07/09836
Psicóloga, psicanalista, especialista em Psicologia Hospitalar e mãe da Victoria
Email: kdedavid@hotmail.com