IMAGEM: Max Demian

A gravidez é um período de intensas mudanças. As primeiras alterações, mais evidentes, são as físicas: enjoos, náuseas, ganho de peso, sonolência. As alterações hormonais do corpo suscitam em transformações no humor: irritabilidade, melancolia, ansiedade. Tais aspectos que compõem o cenário da vida das grávidas é um consenso geral, discutido em qualquer âmbito profissional e em qualquer grupo de gestante. Contudo, enquanto há uma grande e pertinente preocupação quanto à saúde física, fica de fora o quesito saúde emocional.

Apesar de ser deixada de lado, a oscilação de humor é tão intensa que algumas mulheres até acreditam que estão apresentado um Transtorno Bipolar: ora muito entusiasmadas, ora tristes e melancólicas. Há, constantemente, inúmeras dúvidas e questionamentos, preocupações e expectativas: vou saber cuidar do bebê? Como será minha vida profissional no pós-parto? Como vou lidar com os comentários e críticas de familiares? E a relação conjugal, meu parceiro saberá me ajudar? Pensamentos e sentimentos que se intensificam no caso de mamães de primeira viagem ou gravidez não-planejada.

De tal modo, o que venha salientar é que a gestação é um período de transição na vida das mulheres, há uma mudança que começa com os sinais físicos mas perduram para além do nascimento do bebê: é a alteração da identidade da mulher. Ela deixa parte de si para trás para se tornar mãe, este novo papel necessita de alguns reajustes, novas atitudes e responsabilidades e será presente em várias dimensões: conjugal, familiar e profissional.

Como estamos percebendo, não é somente o corpo da mulher que muda durante a gestação. Por tal motivo, quando se pensa na saúde das gestantes, deveria ser contemplado também o aspecto emocional. Há indícios de que o suporte psicológico durante a gestação atua como um caráter preventivo, tanto de Depressão Pós-Parto quanto de problemas na relação mãe-bebê e também na relação conjugal.

Assim, o acompanhamento psicológico na gestação e no pós-parto corresponde ao que seria o “pré-natal psicológico”, tão importante quanto o pré-natal feito com o médico.

É fundamental que a gestante tenha um espaço para esclarecer suas dúvidas, elaborar seus sentimentos e adequar suas expectativas com a realidade. O acampamento junto ao psicólogo visa dar suporte para as necessidades afetivas, possibilitando uma vivência mais harmoniosa frente a todos acontecimentos da gestação: mudanças físicas e emocionais, as relações familiares, a preparação para o parto e a chegada do novo membro da família.

O pai muitas vezes participa desse processo, a ele é oportunizado que possa compreender qual é a sua função, como pode ajudar a mulher durante a gestação e no pós-parto com os cuidados do bebê.

Esse acompanhamento contribui para que, mulher e homem, enquanto mãe e pai, vivam a maternidade e a paternidade de modo mais consciente e satisfatório, ajudando assim a criar vínculos afetivos mais harmoniosos antes mesmo do nascimento do seu filho.

O acompanhamento psicológico é indicado tanto para aquelas mulheres que desejaram estar grávidas como também para situações de gestação não-desejada ou não planejada.

Objetivos gerais do acompanhamento psicológico durante a gestação e no pós-parto:

– Acolher os diversos sentimentos com relação a gravidez (tristeza, ansiedade, estresse, medo);
– Informar sobre a transformações físicas e psicológicas;
– Promover saúde mental: mãe – bebê – família;
– Fortalecimento das potencialidades maternas para participar de modo ativo do seu período gestacional e do nascimento do bebê;
– Compreensão acerca da nova configuração familiar após a chegada do bebê (papel da mãe, do pai, como lidar com o irmão mais velho, avós, etc.);
– Prevenir Depressão Pós-Parto, dificuldades na interação mãe-bebê e na relação conjugal.

Se você ficou com alguma dúvida ou gostaria de agendar uma consulta, entre em contato, terei o maior prazer em te ajudar!

Natacha Miguel Monteiro
Psicóloga 07/16537
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